Rola-Pança parou sob o arco da entrada da sala. A surpresa não se devia ao fato de a mulher ainda estar lá e sim de estar, agora, ao alcance da luz.
Em frente à sua enorme poltrona, havia uma cadeira bastante requintada até. A mulher estava sentada ali. Entre os dois assentos, havia uma mesa baixa de metal. Sobre a mesa estava a única lamparina acesa.
A mulher estava de costas para Pança. O imenso homem se perguntou se isso seria um sinal de confiança nele ou se ela o provocava a atacá-la, para justificar matá-lo.
Segurando sua caneca quente com ambas as mãos, Rola-Pança passou pela mulher e sorriu. Ela não retribuiu o sorriso. Olhava para ele com a frieza de uma assassina. Era linda. Cabelos negros como uma noite sem lua. A pele muito clara. Um ar de soberania e con