Angélica
Ao entrar no Império Montgomery, recebo uma ligação de vídeo da minha ex-melhor amiga. Penso em não atender, mas aceito por curiosidade.
— O que quer?
Falo, ríspida.
— Isso é jeito de falar comigo? Somos irmãs, lembra?
— Deus me livre ter uma irmã cobra.
A gargalhada escandalosa irrita meus ouvidos.
— Gostou da minha roupa sexy?
Aponta para si mesma.
— Não.
— Seu marido amou!
— Como é? Anita, tenho mais o que fazer do que ficar escutando suas mentiras. Vá para o inferno.
— Ainda está usando aliança? O Dante não usa, já reparou? Ele só está se divertindo com você. Está na hora de acordar, Angélica.
Encerro a ligação. Sigo para o elevador. Chego ao andar onde fica a sala do meu marido e entro sem pedir permissão. O secretário, um homem bonito e moreno, tenta me impedir.
— Angélica…
— O que eu sou para você, Dante?
— Tudo bem, Adriano. É a minha esposa.
Diz, e o homem sai, nos deixando a sós.
— Deixa que eu respondo: uma diversão quando está entediado?
— Por que está falando ass