Angélica
Estou no enterro do Sebastião, ainda sem acreditar.
— Descanse em paz. — Digo ao ver o caixão ser enterrado.
— Você tá bem?
— Sim! Só um pouco assustada. O Sebastião nunca foi um bom pai, mas ele não merecia um fim tão trágico.
— Angélica, agora foi o Leonardo! Aquele maldito forjou a própria morte! — Diz, cerrando os punhos.
— Acha que a família Campbell pode nos ajudar outra vez?
— Eu não acho, tenho certeza! — Concordo com meu ogro. A família mafiosa mais maluca e adorável do Brasil ama o Gabriel; o Hades, que é um senhor gelado com todo mundo, fica bobo perto do meu garotinho. Uma vez, ele deixou meu filho pintar seu rosto com canetinhas coloridas; sorte a dele que a tinta não era permanente, senão ele iria passar um bom tempo debaixo do chuveiro.
— Coitado do Leonardo, vai virar um fantasma de verdade! Eu vou ter o maior prazer de ajudar meus amigos mafiosos a acabar com o morto vivo. — Um brilho sombrio invade o olhar de Dante. O vento gelado do cemitério me faz arrepia