destinada ao ceo solitário
destinada ao ceo solitário
Por: Luiza Pimenta
capítulo 1

- eu tô cansada Lua.

diz Heloísa minha irmã me chamando pelo apelido que ela mesma me deu.

seus cabelos loiros estão preso em duas tranças que eu fiz. seu vestido rosa está muito desgastado e desbotado sua sandália eu coloquei um prego em baixo pra durar mais. ainda bem que eu vou pegar umas doações na igreja semana que vem. e meu pedacinho de sol vai ter mais roupas e calçados para usar. é uma pena que ela não pode ir pra escola se descobrirem que eu ela moramos em uma casa abandonada tiram Heloísa de mim. eu posso aguentar tudo menos ficar sem minha irmã

desde que nossa mãe morreu as coisas não estão boas.

nossa vida nunca foi um mar de Rosas. nossa mãe se casou com um homem horrível Tadeu só vivia bêbado e batia nela o salário dele ia quase todo na bebida.

eu trabalhava em uma lanchonete pra levar algum dinheiro pra casa e tinha que esconder bem pro traste não pegar e gastar com cachaça.

ele me olhava com malícia Até perto da minha mãe muitas vezes eu tive que tomar banho na casa da vizinha por causa dele.

infelizmente aquele desgraçado morreu em um acidente levando minha mãe junto com ele.

meses depois eu fui demitida da lanchonete e não consegui outro emprego eu e meu pedacinho de sol fomos despejadas da casa que vivemos por alguns anos oque fez a gente morar na rua por sorte eu achei uma casa abandonada e decidi que ela seria o nosso novo lar.

eu recebia doações da Igreja e também vendia flores pra conseguir dinheiro também fazia faxina. em algumas casas.

e quando não tinha nada eu ia pra rua pedir.

eu não tinha vergonha de pedir esmola é muito melhor pedir do que roubar.

- eu sei meu amor mas eu tenho que vender todas as flores. senta alí na calçada.

ela me obedece e senta na calçada.

- moça compra uma flor para me ajudar.

digo pra uma senhora mas ela nem olha na minha cara.

- moço compra uma flor pra me ajudar.

digo pra um homem baixinho careca.

- eu não tenho dinheiro nem pra mim vou dar pra uma preguiçosa que não gosta de trabalhar.

o olho ofendida.

- eu não sou preguiçosa! eu batalho muito pelo pão de cada dia. eu não tô nessa situação por que eu quero não.

- eu tenho mais oque fazer vai arrancar dinheiro de outro....

diz e saí andando.

eu sei que todo mundo tá s apertado mas oque custa se tiver dois reais sobrando comprar uma flor pra me ajudar?

o mundo seria um lugar melhor se todo mundo se ajudasse. as pessoas estão tão egoísta só olhando para o próprio umbigo.

se um dia eu estiver condições eu vou ajudar quem eu puder.

vendo algumas flores e o dinheiro que ganho não é suficiente pra comprar um almoço.

vou ter que me humilhar de novo pro Geremias funcionário de um restaurante que eu pego as sobras.

ele me disse que ia não ia poder mas me ajudar. por que o idiota do dono é um homem mesquinho e ruim que preferia jogar comida no lixo do que da pra pessoas que não tem oque comer.

eu não consigo me acostumar com a maldade das pessoas.

eu e minha irmã vamos em direção ao restaurante entramos pela porta dos fundos.

- por favor Geremias... só dessa vez.

- sinto muito Luana eu não posso perder esse emprego tenho um filho pequeno pra sustentar.

- tudo bem eu entendo....

ele coloca a mão no bolso.

- Toma.

diz e entrega uma nota de dez reais. é tudo que eu posso dar.

pego o dinheiro.

- obrigada Geremias fica com Deus.

o agradeço e me retiro do restaurante com meu pedacinho de sol.

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