Depois daquela ligação telefônica, Estela ficou com uma sensação de inquietude no peito, embora não quisesse interferir de novo nos assuntos de sua amiga, sentia que tinha o dever de ser aquela pessoa que a animava a dar o primeiro passo sem que ela percebesse, ou pelo menos a pessoa que tentaria unir dois corações partidos.
De repente a campainha tocou. Ao abrir a porta, deparou-se com a imponente presença e inesperada chegada de Noah.
— Oh, o que você está fazendo aqui? Eu só... Eu não esperava que você viesse a esta hora.
— Eu só vim para... — ele buscou qualquer desculpa. — Na verdade, eu sei que não vou conseguir dormir outra noite pensando no caso que eu devo repassar e sua ajuda seria suficiente para eu me concentrar melhor.
— É um pouco tarde, no entanto eu sei que o caso é importante e eu vou te ajudar no que eu puder. Entre.
Ele assentiu. Uma vez dentro, ele voltou a olhar ao redor. Outra vez ele se sentia como se o espaço se reduzisse quando estavam apenas os dois.
— Noah,