Coisas estranhas acontecem em uma pequena cidadezinha e também em Sevilha e Klaus não imagina onde está se metendo ao ingressar na 000Pater, fábrica de armas em que o pai trabalhava com o amigo Otto Silvace. Lutando contra as sombras de um passado mal cicatrizado e um futuro lotado de mistérios, o rapaz de poucas perspectivas descobre a verdade sobre a morte dos pais e decide lutar por vingança, mas seus inimigos não são meros mortais como ele imagina e a sua vingança inicialmente frustrada o leva a descobrir verdades profundas e desagradáveis sobre o que acontece de maneira oculta. Nessa jornada, o neto de Eugênia Sanz encontra amigos, inimigos, criaturas amaldiçoadas e uma paixão avassaladora. Será que Klaus e seus amigos desvendarão o grande mistério sob as ruínas de Oslen e da Terra? Será que é possível vencer uma guerra aparentemente perdida? Se você quer descobrir esse e outros segredos, as portas desse livro estão abertas para você.
Ler maisUm corvo faminto na minha janela
EM UM DIA QUALQUER, em uma simples janela de uma casa velha, apareceu um pequeno vulto voador: destemido, brincalhão, sério, elegante e misterioso. Poderia ser um presságio, uma premonição, um alerta, um mau agouro, como dizem, mas era apenas um corvo que queria milho.
Como um bom negociador, pedia insistentemente a atenção que lhe pertencia, e eu o ignorava no início. Corvos não eram comuns ali, e eu, se bem me recordava, nunca fui fã deles.
Não acreditava que pudesse me mostrar algo importante; qualquer coisa além do fato de que estava faminto e que sabia imitar meus resmungos tão bem quanto um papagaio.
Como permanecia ali, trouxe um pequeno pote de milho, que ele fez questão de recusar... Agia de maneira esquisita, foi a única impressão que tive inicialmente. Mas quem era eu para dizer que um corvo agia de maneira esquisita se nunca estivera tão perto de um? A ave parecia me encarar até que eu retribuísse o olhar. Ainda que eu evitasse aquele pequeno abismo à minha frente, cedi, acenei com a cabeça como quem cumprimenta alguém importante. Aparentemente, corvos são mais exigentes do que eu imaginava, e só depois de ter a atenção desejada ele comeu o que eu havia trazido.
Não era só milho o que ele queria; ele desejava mostrar que eu não era a única que tinha algo a oferecer.
Ao fitá-lo outra vez, percebi que não era uma ave comum; imagens passeavam pela minha cabeça enquanto ele mexia suas asas para levantar voo.
Tantas imagens confusas sendo costuradas pouco a pouco, enquanto seu olhar fugitivo se tornava distante...
Abriu meus olhos...
Não os deste mundo...
E agora vejo tudo...
Mais uma daquelas antiguidades
NO FRIO E NO CALOR, no sol e na chuva, na alegria e na tristeza, a Senhora Marta estava sempre ali, observando cuidadosamente a loja de antiguidades à procura de uma “novidade velha”. Era incrível que, por mais que sua casa já estivesse lotada de bugigangas empoeiradas, a mulher sempre arrumava espaço para mais uma.
Naquela tarde, o objeto que lhe chamou a atenção foi uma placa de madeira que, à primeira vista, parecia sem qualquer utilidade. Aquele artefato possuía ao todo nove pedras fixadas de alguma forma na madeira: cinco cristais na parte superior, menores, em cores pastéis — azul, amarelo, roxo e vermelho — ao lado de outro três vezes maior, de cor branca perolada, contrastando com quatro pedras pretas localizadas na parte inferior, à esquerda de uma marca preta que simbolizava a palma de uma mão aberta, com os dedos separados. Tudo ali era interligado por linhas desenhadas que mais pareciam veias. Aquilo tinha um aspecto rústico, antigo e empoeirado; era visualmente sem graça, o que levava a pensar que, se despertasse o interesse de um colecionador, certamente este estaria muito entediado.
Sinceramente, sabe-se lá por que a mulher queria aquilo em casa, já que não chegava aos pés dos quadros de Pedro Xaravioli, um pintor talentoso, mas falido, os quais ela havia comprado na semana passada.
Foi tomada de um desejo irrecusável e inexplicável de levar o objeto de madeira. Perguntou: “Quanto é?”. Responderam: “Vinte contos”, e ela retrucou: “Eu levo!”.
Aquela mulher, cuja idade beirava setenta anos, caminhava saltitante com sua mais nova aquisição, pois, refugiando-se no calor das coleções velhas e sem utilidade, descobria uma nova forma de lidar com a idade. Não sentia tanto o peso de envelhecer sozinha, compartilhando a velhice com a própria casa.
É admirável o talento que as pessoas mais velhas adquirem de lidar com a vida e a morte das coisas (ou fugir disso), mas não se iluda o leitor em pensar que a Senhora Marta daria tanta importância a uma placa de madeira pouco formosa como aquela. O item que fumegou nos olhos antigos da mulher, na tarde que iniciou esse capítulo, alguma curiosidade e desejo de propriedade, logo habitou a mesinha de canto como um mero objeto de decoração.
Passada uma semana, em uma quinta-feira na qual o relógio parado deveria apontar quatorze horas, mas marcava treze e quarenta e cinco, a velha cochilava levemente na cadeira de balanço da sala, uma das aquisições mais vantajosas que dizia ter obtido naquela loja de velharias.
Enquanto seus olhos se abriam preguiçosamente, ela percebeu uma iluminação diferente da usual no ambiente. De imediato, não conseguia atribuir uma origem decifrável àquela luz, uma vez que o teto era lajeado e das venezianas fechadas não se percebia nenhuma fresta aberta. Havia uma janela de vidro enorme na sala, mas não era dali também que saía aquela luz, pois costumeiramente, à tarde, pela localização do imóvel, o sol iluminava apenas uma parte da casa: a varanda particular que a mulher lotava de roseiras.
— Alguém em casa? — uma voz masculina ecoava na porta da casa.
Ainda sonolenta, Marta percebeu que alguém chamava e batia à porta, trazendo de volta à sua memória uma voz inconfundível e familiar aos ouvidos: a voz do sobrinho Dário, que sonhava em ser político e que, já há muitos anos, morava na cidade grande. Ela se recordava de que, quando o rapaz partiu, estava convicto de que em uma cidade maior encontraria maiores oportunidades, mais conhecimento, influência e todos os prazeres que uma boa vida podia oferecer.
A mulher queria muito rever o sobrinho, pois fazia anos que não se viam e o que restava em sua mente eram apenas lembranças antigas e empoeiradas de uma época que parecia remota. Por mais maluca que fosse a verdade, lembrava-se desse passado com mais facilidade do que dos simples horários de seus remédios.
O sobrinho agora deveria ser um homem barbado, pois já se passava muito tempo desde que o viu pela última vez, eufórico com a experiência da primeira viagem à cidade grande. A tia queria vê-lo, mas não tinha forças suficientes para levantar-se da cadeira, parecia que algo a deixava inerte. Talvez fossem os anos que, de repente, de maneira impiedosa, lhe pesavam, acometendo-a de uma enfermidade súbita e inesquivável.
— Oh, céus, não consigo me levantar daqui! Quanto me pesam esses anos... Não imaginava que já estava assim tão velha! — desabafou a senhora.
— Tia? — chamou o rapaz novamente à porta, reconhecendo a voz da mulher nos resmungos que vinham do interior da sala.
A tia não conseguia se levantar; lhe faltava força, ânimo, coragem. Temia não sobreviver sequer para contemplar a visita do sobrinho, e esse derradeiro estado, que a fazia se sentir imóvel como em um tabuleiro de xadrez, a curtos passos do xeque-mate oponente, lhe deu alguma força para apoiar-se na mesinha que estava ao seu lado, sem sequer perceber que ali estava sua última aquisição.
A mão velha não diferenciou a mesa de mogno da antiga peça de madeira, que agora fervia como brasa “nas veias” que interligavam as pedras. Era dali que vinha a iluminação diferenciada. Entre aquelas pedras agora pareciam correr pequenos rios de fogo, rios estes que fizeram a mulher gritar de dor ao queimar a mão.
Ao ouvir o grito, o rapaz imediatamente pensou no pior e arrombou a porta, temendo que algo ruim tivesse acontecido com a tia Marta. Quando entrou, contemplou a mulher aos prantos, segurando a mão trêmula com a outra, como se a dor que sentia fosse insuportável.
— Tia? — Dário estranhou. — O que foi? O que houve com a sua mão? — caminhando na direção dela para observar melhor o que acontecia.
A queimadura era feia. O que será que a tia tinha aprontado para se queimar daquela forma? O sobrinho se assustou, pois nunca tinha visto uma queimadura como aquela.
— Essa coisa que eu comprei... — justificou a velha Marta, apontando para a placa de madeira.
— Isso? — desconfiou o sobrinho, tentando relacionar em mente uma coisa com a outra.
— Não encosta, filho... Isso queima! — alertou a tia.
O rapaz não conseguia acreditar que a queimadura da mão da mulher tivesse origem em algo feito de madeira, principalmente algo tão ultrapassado como aquilo. Mas, ao observar o objeto, ficou nítido que ele ardia em chamas por cada uma das finas veias que ligavam as pedras àquela marca de mão, que agora brilhava como se estivesse preenchida por lava.
— Onde a senhora arrumou isso? — perguntou Dário, assustado com aquela tecnologia que julgava estranha.
Aos poucos, seus olhos não conseguiam evitar o artefato, e ele percebia que a vista embaçava sempre que tentava afastar sua atenção para outro lugar. Só Deus sabe o quanto evitou ser seduzido por aquilo, mas sua mão direita não o obedecia e seguia ferozmente em direção ao objeto.
— Filho! — bradou a mulher, desesperada, percebendo que o sobrinho perdia aos poucos o controle do próprio corpo.
A tia percebeu que havia algo errado com o sobrinho, que parecia lutar dentro de si contra alguma coisa. O rapaz tentou com todas as forças recuperar o controle do corpo, mas a mão já não o obedecia, e aquele desejo o venceu, fazendo com que tocasse a marca presente na placa, tocando a mão física sobre aquela desenhada. Uma mão tocava a outra: a mão direita do rapaz com a mão esquerda do objeto. Dário simplesmente desaparecia em meio à sala, sob o semblante boquiaberto e assustado da mulher que o assistia.
A Senhora Marta, ainda trêmula e com a mão dolorida, não conseguia acreditar no que via. Não mais podia culpar a velhice ou os olhos falhos por uma alucinação, já que tinha provas dolorosas de que aquela fora uma aquisição m*****a. Assustada e observando que o objeto não parecia mais arder em chamas, tocou outra vez nele, percebendo, no entanto, que dessa vez estava frio. Notou também que se levantar daquela cadeira se tornava agora um ato patético.
O domínio sobre o corpo era uma sensação positiva, mas, por outro lado, perder o sobrinho em uma circunstância como aquela era algo aterrador. Os pensamentos faziam verdadeiros malabarismos em sua mente. Era como se sentisse culpada por ter adquirido um item “amaldiçoado”, por ter colocado em risco a própria vida e agora, principalmente, pelo que acontecia com Dário.
Nunca saberia sozinha se o rapaz estava morto e não conseguia acreditar que ele ainda estava vivo. Eram muitas as perguntas e, conforme as horas passavam, sentia que precisava de ajuda; precisava falar com alguém para tentar desvendar o que havia de fato acontecido.
Mas ela não contava que aquelas perguntas difíceis, expostas a outrem, a levariam ao manicômio. Contar tudo foi um erro grosseiro; ninguém acreditou nas suas palavras ou na origem que afirmou ter a cicatriz presente na mão, uma vez que, quando voltou para a casa com outras pessoas, o objeto que levou o sobrinho havia desaparecido, e foi mais sábio para aquela multidão pensar que ela teria se queimado com outra coisa e estava delirando.
Não bastasse o caráter fantasioso dos fatos que mencionava insistentemente como verdadeiros, caiu ainda em descrédito por um relatório de anos atrás, do qual, pelo pouco tempo que morava na cidade, não tinha até então conhecimento da existência.
A explicação para a internação forçada da Senhora Marta baseou-se em um fato ocorrido doze anos atrás, quando uma moça foi submetida à mesma pena por carregar argumentos muito semelhantes aos seus e perturbar a ordem pública, forçando uma investigação cansativa e inconclusiva sobre o desaparecimento sobrenatural do noivo.
Como era a mesma cidade em pauta, definiram o problema da tia de Dário como histeria e nenhuma autoridade quis dar aos fatos novos fé suficiente para uma melhor investigação. Nem o novo prefeito quis que os burburinhos daquela sociedade faladeira se tornassem um problema maior para ele.
Apenas jogaram a velha mulher ali, em um quarto que mais parecia abandonado, a fim de que não mais agitasse a cidade com aquelas histórias sem pé nem cabeça.
— Se isto é sério, eu deveria ser condenado ao mízcio… — Marcos Town sentia-se culpado.— Você venceu a si mesmo, Sr. Town. A verdadeira salvação gera uma mudança verdadeira, sacrificar a si mesmo pela verdade. Diferente de muitos, você estava disposto a pagar por todos os seus erros e também pelos erros daqueles que o levaram a errar — Ash acalmava-o, enquanto Ofélia se alegrava por ele.— Se não fosse por você, eu não estaria aqui — o homem grisalho contemplava Ofélia com paixão.O pequeno mago seguia seu caminho enquanto Klaus pensava sobre tudo o que eles haviam dito.Estavam cansados da caminhada, mas rapidamente foi possível vislumbrar o Teatro de Bórdon, o grandioso Teatro de Bórdon rebuscado em tom vermelho.— Eu sempre quis trazê-lo ao teatro de Bórdon, Klaus! — Lóbus contemplou-o ao longe e correu a abraçá-lo.— É bom vê-lo novamente! — Klaus se entusiasmou — Aliás… me perdoe por não ter dado nenhuma atenção a você quando estive em posse do cristal. Se não fosse por você, eu
— Eu também não tenho mais a tatuagem, Sr. Town e mesmo assim tenho a impressão de que não me querem por perto, que se afastam. Sinto desanimá-lo, mas não será tão fácil reconstruirmos nossas vidas por aqui…Ofélia adentrava a sala lentamente em tom de surpresa:— Eu tenho uma boa notícia pra vocês!— O que seria, minha linda? — Marcos se empolgou.— Espero que dessa vez seja uma boa notícia mesmo — o rapaz resmungou entediado, imaginando pelo semblante dela que seria uma gravidez.— Fomos convidados para uma apresentação — a mulher parecia cheia de felicidade.— Eu não vou! — Klaus olhava para Morgana que abria a porta.— Eu garanto que não vai querer perder — a ruiva encarava-o com animação.— O que há de tão especial nessa apresentação? — Marcos indagou confuso.— “Vocês estão convidados para a reinauguração e apresentação de Carl Hug no Teatro de Bórdon” — a ruiva lia eufórica.— Não… Tem certeza que o mágico não perdeu isso por aqui? Isso deve ser velho… — Marcos estava crente de
— O que foi, Klaus? — Lóbus perguntou.— Nós já conseguimos — o rapaz olhava para baixo.— Está louco? Nós temos que procurar pelo cristal… — o gigante insistiu.— Eu já o encontrei — o Sanz evitava olhar para eles.— Klaus? — indagaram em conjunto.O rapaz descobria o peito deixando-os assustados:— Onde está a tatuagem? — a bruxa perguntava.— Está tudo no passado, infelizmente… Agora vocês são apenas memórias na minha cabeça. Vocês não existem, não é? Só existem aqui… — Klaus desabafou, acordando e se dando conta de que aquele era realmente um sonho.— É… morte, você estava certa… Eu tenho que lidar agora com alguém bem pior do que você — Klaus suspirava angustiado enquanto acordava.Até quando duraria isso?Caos internoNA CASA DE MORGANA, as mulheres estavam desoladas pelas perdas repentinas. A morte de Etéro, Dário, Marta, o sumiço de Aslie em situação tão precária, o gigante que desaparecia e Dériqui que Marcos não via em lugar algum, mesmo chamando por ele.Ofélia estava feliz
ResgatadaNA MENTE DE ASLIE, o que não era dor, era tristeza. Queria ao menos pensar que Klaus estava bem. Aos poucos, enfraquecia e era tomada por uma sede irresistível, sintoma que revelava que seu corpo perdia muito sangue.Calisto chegava como um vulto trêmulo e desesperado diante das visões que tinha a pouco, trazia Carl Hug consigo. Seria preciso muita mágica para salvá-la agora.— Aslie! Quem fez isso com você?! — o mágico se preocupou, aos poucos se dando conta que Etéro estava morto.— Dário… — Marcos Town chegava ali e se apressava a remover aquele metal dos pulsos da moça.— O que tem Dário? Ele também está em perigo?! — Carl Hug se assustou.— Dário mudou de lado… — Marcos continuava, causando espanto nos presentes — Ele foi seduzido pelas promessas de Loen. Eu os vi gargalhando pelos corredores.— Ela precisa ser levada daqui para um hospital — Carl Hug observava.— Não… Ela não pode ser levada para um hospital. Ela não é desse mundo, ela pode morrer aqui — Calisto pareci
TraiçãoKLAUS DARIA O MELHOR de si. Loen e Sarbeth sabiam disso e era exatamente isso que os incomodava. Prosseguiam irados pelos corredores. Como seres tão poderosos se deixavam passar por uma vergonha daquelas? Deixar escapar o Sanz…E enquanto procuravam pelo Sanz topavam Lóbus à sua frente, que até tentava se desviar deles.Sarbeth tentava levantar o rapaz pelo pescoço, certificava-se de esse era bem mais pesado do que o outro.— Quem é esse? — perguntou a Loen.— O último gigante de Oslen — Lóbus resistia.—Pelo visto, somos parentes… Você não é o órfão imundo que o Lan adotou? — o rei mascarado insultou.— Órfão imundo é você! — Lóbus devolveu um soco tão forte que jogou a criatura no chão.— Vai pagar caro por isso! — a criatura corria em sua direção.— Klaus falou que você é imune às balas. Mas pelo que eu vejo, não é imune a socos bem-dados…Enquanto o gigante jogava o outro rei de um lado para o outro, Loen procurava pelo Sanz. Era vergonhoso para ele ver Sarbeth, Osme ou o
— É a única forma de conseguir resolver isso? — Klaus indagou.— É, mas se não sabe… Aliester é o guardião dos aposentos de Sarbeth. Ele sequestrou a criança apenas para isso, para torná-la uma criatura assustadora que põe medo e eu diria que conseguiu…— Nesse caso, eu tenho pelo menos três vinganças a executar… O que estamos esperando? — Klaus seguiu.— Eu acho engraçada a forma como você vive disposto a arriscar tudo como se não fosse perder nada.— O fato é que, querendo ou não, eu sempre perco. Pelo menos em uma luta, minhas perdas se tornam justificáveis.Uma leva de sombras seguia ao redor deles e Klaus se abaixava ao chão puxando Marcos com ele. Era o momento em que as poções de Ash e Carl Hug deveriam brilhar.O rapaz jogou quatro das seis garrafas pequenas que estavam com ele, aliviado porque faziam efeito, temeroso porque Aslie e Lóbus não estavam com eles.Aos poucos as sombras desapareciam…Todos os meus poderesASLIE CAMINHAVA por outra área, invisível.Finalmente…Final
Último capítulo