OLIVIA
Já se passara mais de um mês e Lupita havia se tornado uma moradora de rua, dormindo no portão da minha casa. Ela ainda insistia que Nick a assombrava e pedia para que cuidasse do filho dele. Já não tinha mais o carro, não sei o que aconteceu.
Ela estava suja e com um cheiro forte. Sua situação partia meu coração. Sim, ela nos havia machucado profundamente, mas vê-la chegar àquele ponto era de cortar a alma. Todos fingiam que não a viam quando vinham à minha casa. Isso também me incomodava, mas eu não dizia nada.
Eu tinha muita coisa para lidar e meu filho já havia começado as aulas de reforço. Ele parecia estar gostando. No trabalho, eu também começava a enxergar a luz. As coisas finalmente faziam sentido. Agora eu já conseguia tomar decisões sem precisar ligar para meu pai para pedir conselhos ou trocar ideias.
Naquele dia, teríamos outra reunião do conselho. Fazia um mês desde a última, e desta vez eu estava preparada para qualquer coisa que jogassem contra mim. Eu tinha mais