OLIVIA
Eu havia sido maltratada pela polícia em outra ocasião, tudo porque Nick determinara que assim fosse. Imaginei que, desta vez, a situação se mostraria diferente, porém se revelou ainda mais cruel. Assim que chegamos à delegacia, os advogados, o meu e o de Marcus, já nos aguardavam. Fomos ambos conduzidos a uma sala de interrogatório. Acreditei que nos separariam, contudo isso não aconteceu.
Primeiro, o detetive afirmou que éramos os principais suspeitos tão logo adentramos o recinto, o que levou nossos advogados a protestarem e a exigirem provas. Apenas então nos levaram à sala de interrogatório.
— Vamos começar, Sra. Jones. Diga-me, para onde foi depois de sair do restaurante onde se encontrava com o seu marido?
— Pare de chamá-lo de marido dela. — O detetive Rogers lançou um breve olhar a Marcus e tornou a fixar-se em mim. Meu advogado assentiu. Eu nada tinha a ocultar.
— Fui às lojas e, depois, retornei para casa. — Ele assentiu.
— O que comprou? Possui recibos?
— Sim, possuo