Capítulo 5

Horas passaram e bem rápido coloquei uma roupa bem fresca e esperei o Oliver chegar. Sim eu vou sair com ele, minha mãe trabalha em um hospital e por ser médica teria que ficar lá hoje. Então para não ficar no tédio decidi ir sair com o Oliver, mas sem segundas intenções.

Escutei barulho de carro estacionando e fui até a janela vendo Oliver saindo do carro, respirei fundo e caminhei até a porta abrindo a mesma antes dele bater.

- Uau, você está linda. – Oliver falou me olhando de cima a baixo.

- São seus olhos. – Sorrir.

Eu estava usando um macacão preto com uma jaqueta jeans. Entramos no carro dele e conversamos numa boa, na maioria das vezes eu estava rindo das idiotices do Oliver, chegamos na lanchonete, procuramos uma mesa e logo fizemos nossos pedidos.

- Então como está indo seu casamento? – Perguntou hesitando em me olhar.

Estranhei sua pergunta.

- Hã... Por que?

- É que... Você parece mais feliz do que antes.

Dei um meio sorriso e mordi meus lábios, o que eu iria falar? Não sabia que estava tão na cara assim... Estou feliz porque Robert está voltando a ser como era, não estou?

- Aconteceram algumas coisas... Não quero falar sobre isso...

- Tudo bem. – Sorriu.

Mudamos de assunto e começamos a falar de jogo, depois de gostos, até que ele falou que gosta de assistir filmes. Oliver é um apaixonado por cinema e toda essa área artística, ele me chamou para ir na casa dele amanhã para assistir.

- Não sei...

- Por favor, eu deixo você escolher o filme. – insistiu.

- Oliver, eu acho que...

- Não aceito um não. Amanhã estarei em frente a casa da sua mãe! – falou fazendo bico como se estivesse bravo.

Eu tive que rir e foi o que fiz, não tem como falar que Oliver não é lindo, pois ele é e quando faz bico fica a coisa mais linda.

- Tá bom, Oliver tá bom.

Ele sorriu vitorioso e terminamos de comer nosso lanche. Passavam das dez horas da noite quando Oliver me deixou em frente à casa da minha mãe.

- Entregue. – falou.

- É chegamos. – Falei olhando para janela.

Ele pegou na minha mão esquerda e apertou chamando minha atenção.

- Você vai amanhã? De certeza?

- Vou.

- Contarei os segundos.

Ficamos nos olhando. O que eu estou fazendo? Por que me sinto tão atraída? Está com ele era bom, muito bom, mas não sei o que sinto em relação a isso.

- Eu sou casada, não te incomoda? – Perguntei.

- Não irei fazer nada que não queira, Luiza. Mas também não estou dizendo que eu não vou tentar.

Ele me puxou para um abraço e me apertou como se não quisesse que eu fosse embora, seu rosto estava na curva do meu pescoço. Ele deu um beijo, alisando minha costas.

- Até amanhã. Às seis da tarde. – Sussurrou no meu ouvido.

E me soltou. Oi? Hã? Ele sorriu e com certeza eu estava corada. Merda! Dei um tchau meio sem jeito e saí do carro indo em direção à casa sem olhar para trás.

Depois de um banho que me fez sentir acalmar, deitei na cama esperando o sono vim. Ele disse que estava contando os segundos, que clichê. Ri com meu pensamento, mas não vou negar que também estava contando os segundos.

Eu estou? Sim, estou.

[...]

- Então desculpe por não vim para casa ontem, querida.

- Mãe, não precisa pedir desculpa, ontem eu nem fiquei em casa.

- Ah, saiu?

- Sim.

- Sério? – Ficou curiosa – Um novo amor talvez?

- Mãe, eu sou casada...

- E? Robert já te traiu várias vezes...

- Mãe...

- Não sei como está com ele ainda. Gustavo vai sobreviver sem o pai e mesmo o Robert sendo um traficante a justiça está do seu lado.

E mais uma vez voltamos para esse assunto se eu fizesse o que minha mãe dizia, eu já teria ido na delegacia contar todos os podres do Robert, mas eu não faria isso. Eu ainda o amo.

- Vamos mudar de assunto?

Ela suspirou.

- Tudo bem, por que não trouxe meu neto?

- Cláudia queria ver ele, sem a minha presença é claro. Então o Robert foi levar ele e eu preferi ficar.

Minha mãe negou com a cabeça, mas preferiu não aprofundar no assunto. Tomamos nosso café da manhã e ficamos conversando o resto da tarde já que ela só iria trabalhar umas cinco horas da tarde.

Quando deu a hora para minha mãe se arrumar eu aproveitei para me arrumar também, ele veio às seis então para não atrasar preferi me arrumar.

[...]

- Nossa! Sua casa é linda. – Falei ao sair do carro.

A casa dele ou melhor a mansão dele era muito grande. Por fora tinha um jardim e do lado dava para ver a piscina. Oliver saiu do carro sorrindo e segurou minha mão me levando para dentro da mansão, assim que entramos passamos pelo um pequeno corredor que dava na sala.

Olhei ao redor vendo o quanto é linda por dentro.

- O que você está fazendo por aqui? – Oliver perguntou.

Olhei para frente vendo um homem branco de cabelo preto vindo em direção a gente, notei que ele tinha uma arma na cintura, mas ele tampou com o casaco. Fiquei quieta e observando.

- Não achei que estivesse acompanhado. – O homem falou.

- Mas estou e já falei que me avisasse quando viesse.

Oliver não parecia estar estressado ou algo parecido, apenas parecia ter estranhado que aquele homem estivesse ali.

- Já estou de saída. – falou cumprimentando Oliver.

- Depois nós falamos, Fernando.

O tal Fernando assentiu e olhou para mim, depois de sair sem falar mais nada. Oliver foi para o sofá e eu me sentei do seu lado, eles pareciam ser amigos.

- Oliver, você nunca me disse no que trabalha. – Falei tentando puxar assunto.

- Trabalho na empresa do meu pai. – falou dando de ombros.

Se eu acreditei? Claro que não. Poderia ser? sim, mas tem algo a mais ai.

Oliver ligou a enorme televisão que tinha na nossa frente e me entregou o controle.

- Escolha aí o que vamos ver, vou pegar algo para comermos.

Concordei e ele saiu da sala.

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