Ponto de Vista de Apolo
A estrada de volta parecia mais longa do que na ida. Talvez fosse o silêncio. Talvez fosse o peso do que vimos e sentimos. Ou talvez fosse apenas o cansaço que caía sobre nós como uma neblina densa. Mara adormeceu antes mesmo de deixarmos o território dos vampiros. Estava exausta. O corpo dela era leve nos meus braços, mas eu sabia o quanto ela tinha lutado para manter o controle durante aquela visita. Era muito para ela. Demais.
Arthur dirigia em silêncio, os olhos fixos na estrada, o maxilar travado. Ele não precisava dizer nada. Eu sabia. Ele estava tão preocupado quanto eu.
A mansão do rei Victor ficava na região mais fria das montanhas ao norte, onde a neve nunca derretia e onde até o vento parecia carregado de lembranças antigas. Para chegar até lá, deixamos o carro em uma trilha estreita e seguimos a pé por quase duas horas. Aquele lugar não era feito para humanos. E, ainda assim, a Jaqueline estava lá. Viva. E… grávida.
Tudo isso pesava na mente de Mar