Emma.
Não havia como escapar dessa situação. Helena estava diante de mim, com um sorriso no rosto, me conduzindo até a sua sala de jantar para termos um almoço, juntas. O que essa mulher queria de mim, afinal? Era estranho o seu interesse repentino.
Quem se divertia com a cena era Gregory. Ele parecia confortável na velha casa de seus avós, assim como também ao meu lado. Agia como se fôssemos, de fato, uma família.
Foi quando Helena percebeu a sonda nasogástrica colocada em mim e seu semblante se escureceu.
— Oh, Emma, eu sinto muito – agora ela me olhava com piedade, como se eu fosse um animal indefeso – O Gregory não me contou que você...
— Está tudo bem, vocês podem se alimentar sem mim – eu disse, dando de ombros – Não tinha como o Gregory dizer. Ele mal fica comigo no hospital.
Por que eu estava dizendo isso, afinal? Só percebi minhas palavras quando elas já haviam saído pelos meus lábios. A respiração ficou presa em minha garganta quando percebi os olhares direcionados a mim. Ag