A besta soltou um urro tão forte que os lamentos e gritos dos mortos cessaram. Então uivou, um uivo de lamento e dor, que chegou ao coração de sua companheira. Ele não compreendia o porquê de ter que continuar pagando pela vida da maldita que o aprisionou a Morte.

— Vou fazer um novo trato com você, o que acha? — perguntou a Morte, com um sorriso.

O ceifeiro já conhecia os tratos da Morte, urrou mais forte ainda, fazendo tremer o local e a Morte, com receio, o enviou para outro local.

Agora o ceifeiro estava no deserto de Nevada, sobre a área 51, e já era o entardecer. Ele, mais uma vez, ficou confuso e dessa vez, apenas sentou-se e esperou.

*

No momento em que a besta uivou de dor e saudade, Lia sentiu errar as batidas de seu coração e uma dor no profundo de sua alma, fez com que ela levasse as duas mãos ao peito, apertando e quase desfalecendo. Aline levantou correndo para a abraçar e amparar.

Nicolas desceu correndo aos prantos, se jogando no sofá e deitando no colo da mãe.

— Papai