VOCÊ É MINHA TENTAÇÃO
VOCÊ É MINHA TENTAÇÃO
Por: Liliane Mira
PRÓLOGO

Helena

Por favor, para com isso, não aguento mais com tantas pessoas ao meu redor, só quero que me deixem em paz.

— O que aconteceu? — Um vizinho curioso perguntou. Ele ouviu a correria de sua casa, então, como um bom fofoqueiro que é, não se aguentou e foi perguntar. Helena não aguentava mais ouvir tanta gente ao seu redor, falando sobre ela o que aconteceu.

— Algo como o pai agredindo a filha. — Um dos policiais respondeu. Com o coração disparada, a menina foi até a pequena multidão que se formou e apontou o dedo para ambos.

— Qual é o problema de vocês? Saiam abutres. — Gritou nervosa. Uma das polícias a abraçou apertado. Tentando de alguma forma confortá-la, no entanto, nada que eles façam mudará o que lhe aconteceu.

Como eles não perceberam o que passei? Se perguntava a todo momento.

A policial lhe colocou em uma ambulância e um dos paramédicos lhe aplicou o sedativo. Ela acordou em um ambiente estranho, seu coração disparou com a possibilidade de tudo voltar como era antes. Na é a primeira vez que para em um hospital.

Já estava se preparando para correr, quando uma voz suave a impediu.

— Calma, meu anjo, sou amiga! Por favor, não se levante. Não precisa mais fugir.

Ela tentou assimilar tudo que lhe foi dito, só o que a deixou aliviada foi de não ser aquele monstro. Helena analisou a moça em sua frente, aparentemente ela era muito simples, e não tinha cara de uma pessoa ruim.

Bom ela só tem dez anos, mas não era burra, sempre leu muito.

— Que… Quem é você? — gaguejou — Por favor, não me deixe voltar para aquele inferno.

Lágrimas já rolavam do seu pequeno rosto.

— Calma, minha linda, não voltará para aquele lugar. Me chamo Denise, sou uma assistente social. Você sabe o que é uma assistente social?

— A senhora cuida de crianças que precisam da sua ajuda?

— Não poderia ter explicado melhor!

— Ele não pode mais me ferir, né?

— Não, minha linda, nunca mais.

— Onde ele está? Vocês o pegaram? — Questionou aflita. Denise exitou por uns segundos que pareceu a garota uma eternidade.

— Infelizmente, não resistiu. — Denise explicou cautelosa. Não pretendia deixar a criança agitada mais uma vez.

Helena soltou a respiração pesarosa. Ela não percebeu prender, até suspirar profundamente.

— Posso pergunta algo senhora?

— Claro!

— Sou tão ruim quanto ele, por me sentir aliviada?

— De jeito nenhum. Está no seu direito de sentir assim, passou por muitas coisas, ninguém lhe culparia se pensasse dessa forma.

As lágrimas começaram a rolar novamente no rosto de Helena, muitos sentimentos passava dentro dela, tudo de uma só vez. Raiva, medo, ressentimento.

-- Senhora Denise. Se a gente colhe o que planta. Por que eu só colhi dor, se em toda a minha existência eu só plantei amor? Me diz! Eu nunca fiz nada a ele. Por quê?

Denise a olhou curiosa pelas palavras da menina, palavras de uma pessoa madura.

— Existem coisas que não conseguimos explicar Helena, apenas ele poderia lhe dá essa resposta. O que passou foi horrível, não desejaria a ninguém. Está livre agora, foque no seu futuro. — Afagou a cabeça da menina. Helena agradeceu e se acomodou na cama. Uma enfermeira havia colocado algum remédio no soro, logo em seguida a menina sentiu muito sono. Se despediu da assistente social e dormiu, pela primeira vez em muito tempo.

Alejandro

— Sua vadia! Como pôde? —

Alejandro Inquiri fora de si. No fundo, ele já sabia a resposta, mesmo assim quer ouvir da boca dela. Da mulher que escolheu para chamar de sua, mas que mentiu para ele descaradamente. Todos o alertaram a ordinária que é, todavia passou por cima de todos, inclusive de sua mãe por ela. Ana quer apenas a coisa de mim. O meu dinheiro.

— Não seja tão melodramático. Você acha que eu deixaria aquela coisa deforma o meu corpo?

— Terá meia hora para juntar suas coisas. Quero você fora da minha casa.

— Isso é o que vamos ver!

— Você é um ser desprezível. — exprimiu — Uma vadia interesseira.

Ana começou a gargalhar, ignorando tudo que seu esposo falou.

— Sabe esse não foi o primeiro. — Comentou. Ela percebeu não tem mais voltar. Ele já sabe sobre seu caráter, então para que esconder?

— O que quer dizer com isso?

— Foi o que você entendeu, bobinho. Naquele dia que pensou que eu estava com uma virose. Bom eu tirara outra criança. — Deu de ombros.

Ele só via vermelho pelas coisas que ela dizia. O jeito que falava, como se não sentisse nada.

— Farei de tudo para prende-lá, não sei se você sabe, mas o que cometeu foi homicídio. Só é permitido abortar até a décima quarta semana de gestação e, até a vigésima segunda, desde que a gestação possa comprometer a vida ou a saúde da mãe, ou constatada malformação no feto. Pelo, o que percebi não foi nenhuma dessas opções. A colocarei na cadeia sua m*****a, sairá desse casamento sem nada.

Com ódio nos olhos, Marina começou a socar Alejandro, ele pedia para ela parar e ela continuava com sua raiva cega. O homem estava tentando tirar sua esposa maluca de cima dele, foram por alguns segundos. Tudo aconteceu rápido. Uma hora estava tirando Marina de cima dele, em outro momento um caminhão bateu no carro deles Seu corpo foi arremessado de um lado a outro e Marina foi lançada para fora do carro através do para brisa. De repente tudo ficou escuro e ele não viu mais nada.

— Quadro do paciente? — Alejandro ouvia uma voz longe. Tentou abrir os olhos, porém não conseguiu.

— Alejandro Sanches, 20 anos, acidente de carro. Múltiplas fraturas, duas costelas quebradas e uma concussão de grau dois na cabeça. — Um dos residentes explico. Novamente caiu um sono profundo.

Alejandro sentia uma dor muito forte na cabeça, tentava abrir os olhos, mas não conseguia.

— Alejandro, meu filho! —

Era a voz de sua mãe, mas ele não consegui vê-la.

— Chamarei um médico. — A senhora Sanches disse saindo apressada.

Alejandro forçou sua memória e tudo veio a tona.

— Ele acordou doutor! — A mãe dele falava com uma voz cheia de esperança.

— Lembra de algo?

— Lembro de tudo.

— Como se senti? — O doutor Alan questionou anotando algumas coisas em seu tablet. Alejandro abriu os olhos e só viu escuridão.

— Não consigo enxergar! Eu não posso ver. — Disse em pânico.

— Tenha calma. Faremos alguns exames para determinar o que causou a cegueira. É provável que seja temporária.

O médico saiu e a mãe de Alejandro tentava consolar seu filho, mesmo estado inconsolável. Seu amado filho sofrendo, e não pode fazer nada.

— Onde está Marina, mãe? — Perguntou com ódio. Dona Lurdes, a mãe dele, ficou um bom tempo calada antes de respondê-lo.

— Não resistiu. Estava sem o cinto de segurança, seu corpo foi arremessado a mais de dez metros do carro tamanho o impacto.

Ele poderia dizer sentir muito, contudo seria mentira, então ele optou por se manter calado.

O que aconteceu a Alejandro lhe deixou uma lição. Não deixaria nenhuma mulher entrar na sua vida novamente. É uma promessa que ele faria o possível para cumprir.

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