POV de Fredric
Já se passaram quatro horas desde a evacuação, e ainda não encontrei nada que realmente me leve a uma resposta sobre a morte de Mathilda.
Quer dizer… eles nem sequer encontraram o corpo dela.
Perdi a conta de quantas vezes minha avó ligou desde então.
Depois de levá-la de volta ao hospital e vê-la desmaiar de repente, pedi às enfermeiras e assistentes que não a deixassem sozinha.
Se não fizesse isso, ela certamente insistiria em vir até aqui.
Os oficiais continuam vasculhando o local, recolhendo destroços do acidente.
O último relatório que recebi dizia que o carro seria removido ainda esta tarde.
—Senhor Fredric, encontramos isto. —disse um dos policiais, aproximando-se.
Nas mãos dele, havia algo queimado quase até a completa destruição.
Um celular.
Carbonizado, irreconhecível… exceto pelo pequeno pingente de girassol pendurado num canto.
Meu coração parou.
—É… é dela. —murmurei, com a voz embargada.
Era o celular de Mathilda.
—Não encontraram mais nada? —perguntei, co