POV de Mathilda
Fiquei parada diante de todos — eles aplaudiam com entusiasmo depois que anunciei a doação de dois milhões de dólares para o evento beneficente. Mesmo quando desci as escadas do palco, os olhares permaneceram sobre mim, ignorando completamente o mestre de cerimônias que apresentava um cantor famoso.
Então era assim que se sentia ser reverenciada... O dinheiro, de fato, compra admiração. Ou, no mínimo, faz com que as pessoas engulam o próprio orgulho.
Eu, Mathilda — a mesma mulher que um dia foi humilhada e desprezada — agora era a mais respeitada daquele salão.
—Uau, meio surreal, não acha? —disse Hans, rindo de leve.
—É... mas sabe o que é pior? Todo esse barulho me deixa com o estômago apertado —respondi, levando a mão à barriga.
A expressão de Hans mudou na hora. Ele segurou meu braço, preocupado.
—Você está bem?
—Sim, não precisa se preocupar. É só o meu primeiro trimestre... Acho que essa tensão no estômago é normal. —Sorri de leve. —Mas obrigada por se preocupar