POV de Mathilda
Meus olhos ardiam, e meu corpo queimava. Já não sabia o que fazer. Tentei esperar, mas o tempo passou depressa demais. Fredric já estava fora há quase quatro horas.
Tecnicamente, quatro horas é o tempo mínimo que ele passa com Paula. Mas sinto que não aguento mais. Deveria ligar para ele?
De repente, a porta do carro se abriu, e vi Fredric e Paula entrando juntos. Paula sentou-se no banco de trás — seu rosto estava indecifrável, mas parecia sorrir com malícia.
— Ei, Mathilda... ai! — gritou Paula quando tocou em mim. — Querido, ela está queimando! Parece que tem febre.
Fredric também encostou a mão na minha testa.
— Sim, ela disse que estava se sentindo desconfortável. Bem, tanto faz, voltaremos para casa em breve depois disso.
— Sim, Mathilda já deve estar acostumada com febres assim. As doenças das garotas abaixo da linha da pobreza são bem diferentes das nossas. O corpo dela deve estar em choque, por viver tanto tempo sem ar-condicionado nem camas luxuosas.
Ah, e es