Já se passaram uma semana depois que eu cair, estou bem melhor, já informei ao Afonso o motivo de ter sumido, ainda estou sem o meu celular, todas as nossas comunicações e através do e-mail. Ele até se ofereceu para vir me trazer um novo, mas não aceitei, não quero que ele saiba ou qualquer outo onde me encontro.No tempo em que estive acamado, Maria se tornou a minha melhor companhia, além de cuida de mim, passávamos muito tempo conversando e com isso descobrir muita coisa sobre ela e a mulher que vivia comigo nesse lugar, mesmo com todas as nossas conversa ainda sinto que tem alguma coisa que ela não consegue falar, dever ser alguma coisa de seu passado tão doloroso quanto ao meu mais, assim como eu não contei tudo que passei nas mão do meu tio, sinto que ela esconde algo terrível além de mim, fico imaginando se ela encontrou outro parecido comigo, para de pensar pois como eu acho que não existir alguem pior do que eu, que me tornei um mostro não só para ela, mas para todas as que
Maria EduardaAssim que me virei ele estava me observando, na hora o meu coração quase parou, quando ele falou que queria tomar banho junto comigo, já imaginei passando todo o inferno novamente, não conseguir controlar o meu corpo, comecei a tremer, abaixei a minha cabeça pois sabia que ser ele quisesse me pegar a força como sempre fez não haveria nada que eu pudesse fazer, então instantaneamente as lagrimas começaram a cair pelo meu rosto em meu pensamento sabia que algo bom não viria dele.Quando sentir sua mão em meu rosto, logo imaginei sentir novamente o tapa, mas ele me acariciou, depois de falar um monte de coisa, eu ainda tremia como eu poderia acreditar nele, sempre me bateu, me usou como queria, ele acha que só porque disse que não teve infância, que só teve dois amigos e que um já havia morrido. Se ele imaginou que poderia me convencer em perdoá-lo por tudo que me fez com essa conversa estava muito enganado, nada e nem ninguem deveria passar o que passei em suas mãos.Depoi
AUGUSTOMas um dia estava nascendo, hoje me levantei cedo, quase não conseguir dormir muito, mesmo tendo tomado o meu remédio, tudo que a Maria me disse ficou martelando em minha cabeça.Me fez pensar em tudo que fiz da minha vida até este momento, esse imenso desejo de destruir tudo, as magoas, dores e revolta me fizeram ser o que sou hoje, não consigo confiar em ninguem, nunca conseguir me abrir, sempre fui podado nunca pude ter amigos de verdade além dos dois que sempre estavam comigo no colégio, eles nunca puderam ir até a minha casa, nunca pude ter brinquedos, sempre ficava em casa no meu quarto sozinho nem mesmo os empregados podiam falar comigo, alguns deles até foram embora.O meu tio tinha prazer em me bater, me deixar trancado por vários dias em um quarto escuro, nunca entendi o motivo dele judiar tanto de mim, sempre que isso acontecia ele xingava muito a minha mãe, mas nunca me contou o verdadeiro motivo disso.Crescer num ambiente desse jeito tornou cada dia mais frio, nã
AUGUSTOTodos os dias fazia com que ela se sentasse comigo na mesa, tentava de tudo que é jeito ter a sua atenção, mas por enquanto nada estava funcionando, ela ainda tremia todas as vezes que eu chegava perto, isso estava me deixando frustrado.Numa tarde aproveitei que ela estava descansando em seu quarto aproveitei para sair, iria comprar alguma coisa para fazer uma surpresa para ela, ainda não sabia o que poderia lhe dá, fui para um restaurante encomendei a nosso jantar, passei em uma loja e comprei um belo vestido, queria que essa noite fosse muito especial, ainda não sei o que acontece comigo, mas ela por ser tão simples e delicada estava fazendo o meu coração bater mais forte todas as vezes que eu chegava perto dela, já não tinha mas vontade de força-la a transar comigo, e todas as vezes que me lembrava de tudo que fiz sentia meu coração apertar.Depois de tudo comprado volto para casa, assim que chego percebo que ela ainda não se levantou, então arrumo tudo para que quando ela
AUGUSTOPensei que tomando o remédio para dormir não iria ter pesadelos, mas não foi isso que aconteceu, acordei com a Maria me chamando, o meu corpo todo suado, tremendo, o olhar dela para mim era de assustada.___Maria o que foi?___Voce estava gritando, chorando e pedindo para parar, então vim ver o que tinha acontecido e encontrei se debatendo na cama, te chamei muitas vezes e voce não acordava, parecia que estava sofrendo dormindo.___Me desculpe por assustar voce, mas tive um pesadelo com o meu tio, ele tinha me trancado dentro de um quarto escuro e começou me bater com um pedaço de pau, eu tentei sair mas não conseguir encontrar a porta, e quanto mas gritava mas ele ria e me batia, ele falava coisa que não entendia, chegava a minha mãe, dizia que iria matar ela, que ela não merecia o meu pai, isso me deixou apavorado, ele ria muito e me batia sem dor.____O que voce passou com o seu tio não deve ter sido fácil, mas tem que esquecer isso, esses pesadelos só vão lhe trazer mais d
AUGUSTOAinda parado na porta, ficamos sem falar nada, ambos sabíamos que tudo que falamos dependeria apenas de mim, eu que tinha que mostrar para ela que iria mudar, respirei fundo, deixei todo o ar que estava preso dentro de mim sair, e fui me aproximando dela, mesmo vendo que ela dava um passo para traz, estava determinado a mostrar que estava disposto a mudar e seria hoje.Quando ela ficou presa entre a parede e eu, o meu coração batia tão forte que parecia que iria sair pela minha boca, a respiração alterada dela me fez tomar cuidado, sabia que ela estava bem nervosa.Então levantei a minha mão delicadamente, passei em seu rosto, ela fecha os olhos, fui me aproximando mais e mais, até que os nossos corpos estavam bem junto de um modo que os nossos podíamos sentir a respiração um do outro.Beijo a sua testa, seus olhos e chego a sua boca, num beijo lento vou abrindo a sua boca com a minha, quando consigo colocar a minha língua em sua boca começo a explorar cada canto, sinto sua re
Personagens: Augusto Santiago – empresário Maria Eduarda – dançarina Anna – professora que adota Maria Eduarda Afonso Braga – Amigo de Augusto João Pedro – Dona da Boate Paulo – Amante de João Pedro Vicente – amigo e faz tudo de Augusto Carta – amiga de Maria Daniel – Tio de Augusto Eleonora – Avo de Maria SINOPSE: Augusto perdeu seus pais em um acidente aéreo e teve que viver com seu tio. Um homem amargurado pela vida e pela perda do seu único irmão e a mulher que considerava o seu único amor. Sempre que podia descontava sua raiva e suas frustrações no pequeno Augusto, que nunca descobriu por que era tratado desse jeito, e com o passar dos anos, deixou de ser uma criança doce e amorosa e se tornou igual ao tio, frio, possessivo e desprovido de qualquer sentimento, não ser importava em causar dor em qualquer um. Dono de uma beleza estonteante, tinha qualquer mulher aos seus pés. Ele as usava e depois as descartava como se fossem apenas objetos, seu coração nunca foi aqu
MARIA EDUARDA Nunca soube quem era os meus pais, fui criada pela minha avó, até os 12 anos, só não me deixou antes na rua porque recebia do governo um cheque todo mês, mas isso não impedia que ela me deixasse com fome muitas das vezes, ainda muito pequena eu trabalhava para as vizinhas em busca de um prato de comida e algumas peças de roupas usadas, foram anos assim. Acordei numa manhã e estranhei que a minha avo não tinha vindo me chamar para ir ao escola, desci os degraus ainda sonolenta e percebi que a casa estava totalmente em silencio, voltei para cima, fui até o seu quarto, mas assim que abrir a porta vi que as gavetas e o guarda roupas estavam todos aberto e não havia nenhuma roupa dentro deles, sair desesperada correndo voltando para o andar de baixo, a porta da sala estava trancada, fui até a cozinha, tentei abrir a porta dos fundos mais também estava trancada, olhei para cima da mesa, e encontrei alguns pão duros sem nada mais para comer, abrir os armários mais estavam todo