Sophie Narrando
Aquele foi, sem dúvida, um dos cafés da manhã mais difíceis da minha vida. Eu sentia os olhos frios do Sr. Ferraz em cima de mim, analisando cada movimento meu como se eu fosse mais um relatório técnico a ser revisado. Ainda assim, comi em silêncio, enquanto eles conversavam sobre a obra, propostas, termos técnicos, conversa de engenheiro. Como não entendo muito do assunto, achei melhor ficar calada e apenas observar.
Assim que terminamos de comer, o Sr. Ferraz abriu o notebook e já começou a mostrar a proposta para o Sr. Wilker e o Pedro. Fiz anotações dos pontos que considerei importantes, com base nas experiências que já tive. Grifei onde achei que deveríamos prestar mais atenção e até refiz um gráfico, destacando os itens que, na minha opinião, pareciam mais críticos naquele momento.
Fomos para a sala de reuniões do hotel, a que havia sido reservada exclusivamente para esse encontro. O fiscal da prefeitura já estava lá. Era tão gentil e educado quanto o Sr. Ferraz