Luna Narrando
Fiz dois testes de farmácia. Dois. Porque o primeiro eu não consegui acreditar. Aquele risquinho cor-de-rosa apareceu tão rápido, tão forte, que parecia até que tava gritando: “Você tá grávida!”. Meu coração disparou, minhas mãos tremiam, e eu sentei no chão do banheiro com o teste na mão, sem conseguir parar de olhar pra ele. Respirei fundo, tentei me acalmar, e fiz o segundo. Mesma coisa. Positivo.
Quando saí do banheiro, Marcos tava na sala, mexendo no celular, todo tranquilo, sem saber que a vida da gente tinha acabado de mudar.
— Marcos — falei, tentando parecer calma, mas já com o olho brilhando.
— O que foi? — ele perguntou, se levantando na hora, preocupado. — Você tá bem?
Estendi os dois testes pra ele, e vi seus olhos se arregalarem. Ele pegou, olhou, olhou de novo, e depois me encarou.
— Isso é sério? Tá mesmo?
— Estou grávida. A gente vai ter um bebê.
Ele sorriu, aquele sorriso grande, bobo, lindo. Veio até mim, me abraçou apertado e começou a rir, meio nerv