Evan Narrando
A fumaça da explosão ainda pairava no ar quando eu, o Ethan e o Marcos entramos. Os homens já tinham aberto passagem, e o cheiro de pólvora misturado com terra molhada e sangue fazia o estômago embrulhar. Pouca iluminação dentro da propriedade. Algumas luzes de emergência piscavam, mas no geral, o ambiente era sombrio. Tinha algo quase diabólico naquela casa. Um silêncio estranho, cortado de vez em quando pelo estalo de madeira estalando ou um gemido ao fundo.
Atravessamos o corredor destruído, a estrutura tremia um pouco com o impacto da explosão. Logo à direita, vi um cachorro grande, de pelo escuro, choramingando num canto, com a barriga ensanguentada. Tava machucado, provavelmente atingido por estilhaços ou por alguma bala perdida. Ele nem rosnou pra gente, só ficou encolhido, respirando pesado, quase se apagando ali.
Entramos na sala principal e a cena era ainda mais pesada.
Um dos homens que invadiu com a gente estava caído perto do sofá, com a mão pressionando a