Ferman Aksoy
Acordei com a luz fraca da manhã entrando pelas cortinas do quarto e com Leyla ainda deitada com sua cabeça em meu peito. Seus cabelos espalhados e a respiração calma eram uma visão que, por um breve momento, quase me fez esquecer o caos ao nosso redor. Mas não podíamos ficar ali, presos a uma falsa sensação de segurança. Era hora de agir.
Toquei seu rosto com delicadeza, e seus olhos se abriram devagar, encontrando os meus. Um sorriso tímido se formou em seus lábios.
— Bom dia — disse ela, com a voz ainda carregada de sono.
— Bom dia, meu amor — respondi, acariciando seus cabelos.
Por um instante, ficamos em silêncio, mas eu sabia que precisava dizer o que estava decidido.
— Leyla, vocês não podem continuar morando aqui.
Ela ergueu a cabeça, surpresa.
— O quê?
— Não é mais seguro. Kemal sabe onde vocês moram, e eu não vou correr o risco de algo acontecer com você ou com a Nazli. Hoje mesmo vocês precisam se mudar. Quero que você e sua irmã leve