Leyla Aksoy
 A luz da manhã entrava pela janela do quarto do hospital, aquecendo suavemente minha pele. Pisquei algumas vezes, tentando me ajustar à claridade. Minha cabeça ainda estava pesada, como se os eventos do dia anterior fossem um sonho confuso. Mas a expressão preocupada no rosto de Ferman, que estava sentado ao meu lado segurando minha mão, me trouxe de volta à realidade.
 — Bom dia, meu amor — ele disse, a voz baixa e carregada de alívio ao perceber que eu estava acordada.
 — Bom dia... — minha voz saiu rouca, e ele imediatamente me ofereceu um copo d'água.
 Depois de alguns goles, me senti um pouco mais presente. Ele acariciou minha mão e, com um sorriso suave, disse:
 — Você está bem o suficiente para ir para casa. Vou cuidar de tudo.
 Concordei, sentindo uma mistura de cansaço e gratidão. Ferman nunca saíra do meu lado, e isso era reconfortante. Em pouco tempo, estávamos no carro, a caminho de sua casa, onde sua família nos esperava para o café da manhã.
 A casa e