238. Palavras jogadas ao vento
Joseph
— O que ela tem? — pergunto para o médico que demonstra muito medo pela minha reação. Claramente dá um passo para trás para tentar manter alguma distância de mim.
— Ela está bem, os sinais estão bem, é apenas o cansaço — pontua o médico, mandando com um único olhar que os seus assistentes continuem observando o estado da minha esposa.
— Você tem certeza? Ela estava sangrando — protesto, vendo-o quase erguer os braços para pedir que me acalme antes que as coisas saiam de controle, mas ele não tem ideia do que eu vi.
Ver a expressão tão desesperada de Thes ao tentar correr para longe de nós abriu uma fenda no meu coração e ela tem se alimentado do meu desespero, da minha raiva, da minha vontade de matar alguém.
— Acontece em alguns casos, mas a sua esposa está bem — fala, olha para o lado onde uma mulher cuidada do nosso bebê. — Precisa ficar calmo, elas estão bem — assegura-me o médico.
Ela... o nosso pequeno bebê é uma menina.
— Agora eu preciso que pare de me ameaçar com esse