Capítulo 282
Nazar
Eu podia ter ficado ali batendo na porta até Neide finalmente abrir e me deixar falar, mas quer saber? Foda-se. Se ela queria agir como uma maluca, problema dela.
Soltei um suspiro irritado, massageando os dedos doloridos depois da porrada que levei no batente da porta.
— Essa mulher vai me deixar louco...
Bufei, me virei e segui para o meu quarto.
Me joguei na cama, mas o sono não veio. Não importava o quanto eu fechasse os olhos, minha mente ainda estava acelerada. O dia tinha sido longo, cheio de informações sobre minha família, e agora, no final da noite, Neide tinha me tratado como um estranho. Isso não fazia sentido.
Me virei para um lado. Depois para o outro.
Porra, será que essa mulher enfeitiçou meu cérebro?
Impaciente, me levantei e saí do quarto. Talvez um copo de água ajudasse.
Desci as escadas, caminhando em silêncio até a cozinha. O ambiente estava escuro, exceto por uma luz suave vinda de uma das luminárias. Fui até a geladeira