Capítulo 98
Don Alexei Kim
A raiva queimava dentro de mim como um inferno incontrolável. A cada passo que eu dava em direção a Vladislav, sentia o peso da traição em minhas costas. Ele estava amarrado à cadeira, o rosto machucado.
O traidor me olhava com uma mistura de medo e arrogância. Ainda ousava desafiar-me com aquele olhar insolente. Ele pendia na cadeira, sangrando. Eu passei a mão pelo rosto, tentando me recompor, mas era inútil.
Peguei a faca da bainha. Passei o metal frio pelo rosto dele, sem cortar, apenas para sentir seu corpo se encolher.
— Sabe o que eu odeio mais do que tudo? — perguntei, minha voz gélida. — Traidores.
Ele tentou falar, mas eu o calei com um tapa forte, que fez sangue escorrer de sua boca.
— Você é corajoso, eu admito — comecei, parando atrás dele. — Mas coragem sem inteligência é burrice. E burrice é uma ofensa que eu não perdoo.
— Ayla me enganou. Por favor me deixe viver. Eu tenho um filho.
— Achei que você não tivesse filho. Também