Michel
— Me perdoe. — Toquei seu rosto.
— Não tenho o que te perdoar, ela o provocou.
Agatha envolveu-me em seus braços e eu inspirei seu cheiro ao colocar o rosto na curva de seu pescoço.
Palmas soaram e nos soltamos.
— Que lindo. — A raiva tomara as feições de Havana. — Que belo exemplo de família. Quem lhe deu autorização de entrar no meu quarto?
— Eu segui Michel. Sabia que você o provocaria e temi que conseguisse tirá-lo do sério a ponto de ele fazer algo de que se arrependeria amargamente. E eu estava certa, não era? Você quase morreu sufocada ao provocá-lo.
Havana levou a mão ao pescoço.
— Não seria nada que ele já não tenha feito antes, ele matou nossa filha, mas você já deve saber disso.
— Ele não causou o acidente. Acidente esse que quase o deixou paraplégico. Ele também sofreu com a morte da filha ainda em seu ventre, se arrependeu e lhe ajudou a superar essa perda, mas você resolveu usar isso como vingança e o traiu no dia em que iriam se casar. Você foi baixa, mesquinha e