Michel
Já passava das dezoito horas da noite quando cheguei em casa, falei com Danilo e meu pai e subi para meu quarto para falar com Agatha e tentar fazê-la voltar na decisão absurda de praticamente vivermos separados morando na mesma casa.
— Boa noite, Agatha.
— Boa noite, Michel.
Olhei em volta e vi que boa parte de suas coisas já não estava mais ali.
— Agatha, repense sua decisão. Podemos nos acertar.
— Ela já foi tomada, Michel, e não voltarei na minha decisão.
— Por que você tem que ser tão cabeça-dura? Que merda!
— Eu não estou indo embora, Michel, pelo menos não ainda, mas logo sairei da sua vida, não se preocupe.
— Eu não quero que você saia da minha vida. Que inferno! Errei e me expressei mal, me desculpe e volte para o nosso quarto.
— Você sempre faz isso, Michel. Se expressa mal e depois se desculpa.
— E o que quer que eu faça?
— Nada, nosso casamento não é real, então não precisa fazer nada. Eu não tenho direito algum de exigir nada de você, Michel. Peço desculpa se fui