Lia aguentou o melhor que pôde. Não se permitiu chorar durante todo o trajeto de volta. Não ia se desmanchar ali. Não importava o quanto estivesse destruída por dentro.
A opressão no peito era insuportável, e o nó na garganta mal a deixava respirar. Era a primeira vez que se apaixonava, e também a primeira vez que sofria por isso.
Em sua mente, a imagem de Matteo beijando aquela mulher se repetia sem parar. Sentia-se tola por ter acreditado tão facilmente em suas palavras e prometeu a si mesma que não voltaria a fazer isso. Tinha se deixado cegar pelo amor e agora pagava o preço.
—Senhorita —chamou o motorista. Ela olhou para ele.
—Já chegamos —informou ele.
Ela olhou ao redor e viu que, de fato, estavam na entrada do prédio onde morava. Estava tão imersa em seus pensamentos que nem sabia há quanto tempo estavam parados.
Pegou o dinheiro na bolsinha que havia levado. Ficou aliviada por ter decidido levá-la de última hora. Ter que esperar Matteo levá-la de volta teria sido ainda mais d