Lia sentia a cada segundo que o fim estava cada vez mais perto. Um sentimento estranho, considerando que ela e Matteo tinham chegado ao acordo de continuar com o arranjo deles.
Ela olhou para Matteo sentado na cadeira de rodas. Toda vez que parava para observá-lo com atenção, seu coração acelerava no peito.
—É isso —disse o médico quando terminou de retirar o gesso de Matteo—. Lia, passa a bengala para ele, por favor.
Ela se apressou e fez o que o doutor Franco pediu.
Matteo pegou a bengala e, antes de se levantar, mexeu a perna para frente e para trás. Depois de um tempo, mostrou-se disposto a levantar. Lia se aproximou para ajudar, mas ele balançou a cabeça negativamente. Mesmo assim, ela ficou por perto.
Ele se levantou calmamente e, já em pé, ficou parado no mesmo lugar.
—Tente andar —pediu o médico, afastando a cadeira de rodas para um canto.
Matteo começou a dar passos hesitantes. No início, parecia difícil; porém, aos poucos, fez com mais destreza. Tinha uma leve mancar na pern