Eduardo...

_Ela olha para mim fixamente esperando eu começar a falar, e agora simplesmente as palavras parecem sumir da minha mente, eu amo a minha mãe, mais não posso conviver com interrogações na minha cabeça, deitar na minha cama e fica-me perguntando o porquê a minha mãe biológica deixou-me, qual motivo faria uma mãe renunciar a criar e da amor o seu filho, agora que vou ser pai essa pergunta vem constantemente, a Alicia ainda não nasceu mais eu daria a minha vida por ela.

_Deve ser algo muito difícil, até agora você não me disse uma palavra, vai começar a falar ou vai ficar aí parado olhando a fonte?_ ela pergunta sem paciência, eu olho para ela e respiro fundo e tomo coragem.

_Quero que saiba que amo, a senhora escolheu-me dentre tantas crianças naquele orfanato, me deu educação, carinho, amor e cuidado, me amou e me ama como se tivesse me gerado no seu ventre._ Falo e ela olha para mim com o seus lindos olhos verdes.

_Você é meu filho, não o gerei no meu ventre, mais o gerei no