Cap 3: Desejo Ardente

Por Eduardo

Chego ao meu apartamento e faço algumas ligações importantes. Vou até a cozinha... o cheiro que vem de lá é maravilhoso. Estou faminto. Mas, na verdade, o que eu queria mesmo era aquela linda morena que conheci hoje na praia. Nunca aconteceu de uma mulher não se jogar pra cima de mim. Isso me deixou intrigado — e curioso. Preciso saber mais sobre essa moça. Pelo menos sei o nome dela. Vai dar trabalho, mas vou encontrá-la.

— Bom dia, Sr. Eduardo. O almoço já está quase pronto. Fiz aquela moqueca que o senhor adora. Ah, a dona Jordânia passou aqui e pediu que o senhor ligasse pra ela.

— Bom dia, Joana! O cheiro da moqueca tá maravilhoso. E para de me chamar de senhor... só Eduardo, por favor — digo, olhando pra ela. Ela me responde com um sorriso gentil.

Agora vou tomar um banho e ligar pra minha mãe. Espero que ela não esteja, mais uma vez, tentando me apresentar a alguma filha de suas amigas. Ela insiste que eu preciso arrumar uma moça da “mesma classe” e me casar.

Depois do banho, ligo pra minha mãe. Como eu imaginava, ela está organizando um jantar de gala beneficente e quer que eu vá no próximo sábado. Acabo confirmando. Não adianta dizer não. Minha mãe é insistente... e, como todos, eu cedo às suas vontades.

Após o almoço, ligo pra alguns contatos em busca de informações sobre Aurora. Também ligo pro Henrique, meu advogado e amigo. Peço que traga alguns documentos que precisam ser assinados. Não demora muito, ele chega, e vamos para o escritório. Dou uma revisada na papelada e assino tudo.

— Conheci uma linda morena hoje — digo, me recostando na cadeira.

— Conta uma novidade. Nós dois sabemos que todo dia você conhece uma mulher — responde ele, sarcástico.

— Mas essa é diferente. Ela não me deu bola. Você tinha que ver... nem sequer se apresentou. Ela é linda, meu amigo. Já pedi pra um amigo meu, detetive, buscar informações sobre ela — digo, olhando pro celular, impaciente, esperando respostas.

— Você tá me deixando preocupado. Nunca te vi assim atrás de uma mulher. Sempre foi o contrário… elas que ficam como loucas atrás de você.

Henrique trabalha comigo há seis anos. É advogado da empresa e hoje somos grandes amigos. Ele é como um irmão.

Meu celular vibra. Uma notificação do detetive. Algumas informações sobre Auroras. Começo a passar pelas fotos e, de repente, vejo uma imagem que me arranca um sorriso.

— É ela… minha Aurora. Te achei, bebê.

Vou direto pro I*******m dela. Pra minha sorte, o perfil não está privado. Fico ali, namorando suas fotos. Uma, em especial, chama minha atenção: ela está ao lado de Armando Santana, um velho amigo do meu pai. Na legenda: "Melhor chefe do mundo." Então ela trabalha na Imobiliária Santana.

— Henrique, amanhã eu vou comprar uma mansão — digo, me servindo um uísque.

— Você é maluco, Eduardo — responde ele, se servindo também.

— Talvez eu seja um pouco maluco...

Depois de algumas horas conversando, me despeço de Henrique. Tomo banho, coloco um moletom e vejo que já são 21h. Preciso dormir. Amanhã o dia promete.

Acordo mais cedo que o habitual. Tenho uma reunião às 8h na empresa e quero terminar tudo rápido pra acertar os detalhes da construção de mais um hotel da rede Clifford.

No caminho, ligo para Armando Santana e marco um horário às 10h para ver uma mansão no condomínio Village. Deixo claro: quero que seja a Aurora a me mostrar a casa.

Nunca fiquei tão ansioso pra ver uma mulher. Essa morena mexeu comigo. O fato de ela não ter se atirado pra cima de mim, a forma como me tratou... feriu meu ego. E despertou uma curiosidade, um desejo ardente de tê-la em meus braços.

Após uma hora de reunião muito produtiva, entrego os papéis à Luana, minha secretária, pedindo que leve até Henrique. Estou me preparando pra sair quando a porta do meu escritório se abre sem permissão. Soraya está parada ali, me encarando.

— Quem te deu permissão pra entrar aqui assim? — digo, frio.

— Você não atende minhas ligações. Fui ao seu apartamento várias vezes e o porteiro disse que você não estava. Vim aqui na empresa, foi a única forma de te encontrar... meu amor — diz ela, fazendo charme.

— Soraya, qual parte de que não temos mais nada você não entendeu? Sempre fui claro: não quero casar, não quero filhos, não quero nada disso. A única coisa que posso te oferecer é amizade. Só isso. Agora, faça o favor de sair da minha sala.

— Mas amor, eu entendi. E eu aceito! A gente pode ficar juntos, sem essa história de casamento e filhos. O importante é a gente se curtir — diz, se aproximando.

— Eu não quero curtir com você. Não quero mais nada. E, a partir de agora, nem amizade. Sai da minha sala ou chamo a segurança — digo, me levantando e abrindo a porta.

Mulher louca. É cada uma que eu arrumo...

Assim que ela sai, recebo uma mensagem de Aurora avisando que pode se atrasar um pouco. Olho no relógio: faltam vinte minutos pras dez. Organizo minhas coisas, cancelo as reuniões da tarde e faço uma reserva no meu restaurante francês favorito: Le Bistrôt Du Cuisinier. Sou um amante da culinária francesa.

Chego no condomínio na hora marcada. Assim que estaciono, vejo um Grand Siena chegando. É ela. Aurora.

Não sei por que, mas minha respiração acelera. Sempre controlei bem minhas emoções, mas agora... é diferente. Saio do carro. A visão que tenho é perfeita. Que mulher linda. Deve ter por volta de 1,65m, vestida com um vestido preto que, mesmo sem ser curto, está colado ao corpo. Os cabelos ondulados, a boca vermelha… uma perdição. Meu corpo reage de imediato.

Sorrio. Ela parece surpresa ao me ver.

Vou em sua direção, pego sua mão e beijo seu rosto, aproveitando pra sentir o perfume doce que ela usa. Deus… se eu não tiver essa mulher pelo menos uma vez, vou enlouquecer.

— Bom dia, Sr. Eduardo Clifford. Tudo bem? — diz ela, séria.

— Bom dia, senhorita Aurora... Solteira, acho que foi isso que sua amiga falou ontem na praia — digo, notando um sorriso querendo escapar do rosto dela.

— A Luiza não tem jeito... mas me chamo Aurora Menezes. É um prazer conhecê-lo, Sr. Eduardo Clifford. Agora que já nos apresentamos, vamos ao que interessa?

Entramos no condomínio, onde moram várias celebridades, e paramos em frente a uma linda mansão. Aurora vai na frente — o que me dá uma bela visão da sua bunda, bem empinada. Não consigo deixar de imaginar como ela é fora desse vestido. Pena que, na praia, ela estava de short.

Ela abre uma porta de madeira enorme — deve ter uns sete metros. Entramos.

— Por onde quer começar? — pergunta.

— Quero ver o quarto principal — respondo.

Ela me mostra a escada e o elevador. Escolho a escada, claro. Dou passagem pra ela ir na frente. Subimos, e tenho outra visão privilegiada: suas pernas são torneadas, perfeitas como tudo nela.

Fazemos um tour pela mansão. Confesso: não consegui prestar atenção em nada. Minha mente só consegue focar nela.

— Então, Sr. Clifford, o que achou?

— É linda. Vou ficar com ela. E, por favor, me chame só de Eduardo. Ou Edu, se preferir — digo, sorrindo.

Ela sorri de volta. Que sorriso...

— Então, Eduardo, foi um prazer. Minha secretária vai entrar em contato assim que tudo estiver pronto para concluirmos a compra.

— Ok. Já está quase meio-dia. Quer almoçar? Tem um restaurante aqui perto, só vinte minutos de carro. Quero comemorar a compra da casa.

Ela pensa por um momento.

— Tudo bem. Já é meu horário de almoço mesmo.

— Vamos no meu carro?

— Não precisa. Eu vou no meu. Me passa o endereço do restaurante — diz.

— Tudo bem — mando o endereço pro celular dela e seguimos cada um pro seu carro.

Chego primeiro no restaurante e fico esperando na frente. Aproveito pra tirar a gravata e o blazer, ficando apenas com a camisa social.

Ela chega. E agora eu fico maluco. Está sem o blazer também, revelando um decote maravilhoso no vestido. O caminho até seus seios me hipnotiza. Ela se aproxima. Coloco a mão em suas costas, guiando-a até nossa mesa, reservada num canto mais íntimo do restaurante.

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