Marcelo.
— Oi, mano, como está? — Mateus, meu irmão mais velho, chegou quando a enfermeira levava Thalia para a ala médica. Eu já estava passando os dados dela para a recepcionista.
— Preocupado. Thalia tem passado muito mal desde que descobriu a gravidez.
Seu rosto se tornou pesaroso.
Ele tocou meu ombro.
— De quantos meses ela está?
— Dois, parece que vocês medem as gestações por semanas e ela está para completar doze semanas.
— Sim, isso corresponde a dois meses mais ou menos. O que ela tem sentido? Não quer entrar com ela?
— Eu posso? — Meu tom se elevou um pouco. — Não sou nada dela e... não sei se ela me quer lá dentro.
— Você me disse há dois dias que iria acompanhá-la no pré-natal, você a trouxe e está quase tendo um treco de tão preocupado, acha mesmo que, estando tão mal, ela vai querer ficar sozinha?
Soltei um suspiro.
— Tem razão. Ela tem vomitado muito e tem sentido muita dor de cabeça. Quase desmaiou também.
— Certo. Tem mulheres que têm o que chamamos de hiperêmese grav