Capítulo 30
— Então… somos casados? — ele perguntou, a voz rouca, os olhos fixos nela enquanto ela passava a esponja lentamente sobre as nádegas. O olhar dele quase devorava aquela forma perfeita, tamanha essa sua formosura.
Ísis parou por um instante, e respondeu baixinho:
— Sim…
— Há quanto tempo? — insistiu, franzindo levemente a testa.
— Anteontem, de manhã — disse, sem conseguir encará-lo por muito tempo.
Ele ficou calado, observando como o rostinho dela corava em segundos. O silêncio parecia carregar mil pensamentos. Dentro dele, a mente começou a trabalhar como uma velha máquina de datilografar, cada tecla batendo rápido demais para acompanhar.
Anteontem…? Mas eu estava inconsciente esse tempo todo.
O coração dele acelerou. Se não tinha condições de assinar nada, então… quem teria feito isso por ele? A resposta surgiu rapidamente.
Caio. Só pode ter sido o Caio.
Ele apertou levemente o braço de Ísis, fazendo-a parar de esfregar a esponja por um instante. O olhar dele estava chei