Nicolas Santorini
Cheguei a Minas para resolver as questões burocráticas do hotel, mas, na verdade, minha cabeça estava em São Paulo. O que será que Jhulietta e Ethan estavam fazendo em pleno domingo? Essa dúvida me consumia.
Enquanto organizava alguns papéis, meu amigo Eduardo chegou com sua energia de sempre. Ele me deu um tapa nas costas, o que me fez lançar um olhar torto.
— Que cara é essa, Nic? Pensando na professorinha? — provocou, rindo.
Revirei os olhos e dei um soco em seu braço com força suficiente para fazê-lo recuar.
— Já te disse, o nome dela é Jhulietta. — Minha voz saiu mais dura do que o esperado. Eduardo gargalhou, achando graça da minha reação.
— Tá bom, tá bom. Relaxa, moreco. Vamos resolver o que temos que fazer, mas, antes disso, precisamos comer. Mereço um café reforçado.
Enquanto caminhávamos em direção à cafeteria do hotel, uma senhora passou por nós e soltou um comentário inesperado:
— O mundo está perdido mesmo, dois homens bonitos desses jogando pro outro