Jhulietta Duarte
Não sabia quanto tempo fiquei ali, apenas sentindo o calor dos braços de Nicolas ao meu redor. Seu abraço era firme, protetor, e, por mais que eu tentasse segurar minhas lágrimas, elas continuavam a cair, encharcando sua camisa.
— Obrigada… — sussurrei contra seu peito, minha voz trêmula.
Ele suspirou, afagando meus cabelos com delicadeza.
— Para de agradecer, Jhulietta — murmurou, e sua voz saiu baixa, quase um pedido.
Ergui meu rosto para encará-lo, confusa. Seus olhos estavam cheios de ternura e um pouco de dor.
— Eu só… você me ouviu. Você ficou aqui comigo.
Nicolas segurou meu rosto entre as mãos, seus dedos traçando um caminho suave sobre minha pele.
— Eu não fiz nada além da minha obrigação.
Abri a boca para protestar, mas ele balançou a cabeça.
— Você precisa parar de pedir desculpas o tempo todo. E precisa parar de agradecer por coisas que você merece. Você entende isso?
Minha garganta apertou, e eu apenas assenti. Era difícil aceitar que alguém pudesse estar