Eu afaguei os cabelos de Ryan com um sorriso suave.
— Não, querido. Ainda é noite. Volte para a cama, que eu vou arrumar o cobertor para você.
Ele olhou para mim com uma expressão ansiosa, os olhos pálidos e o rosto marcado pela preocupação.
— Nós não precisamos voltar para a fazenda, precisamos, mamãe? — Sua voz estava silenciosa, como se ele estivesse prestes a chorar.
Eu o puxei para perto, agachando-me ao seu lado e o envolvendo em meus braços. O coração apertou ao perceber a fragilidade da sua emoção.
— Não, Ryan. Nós vamos viver aqui, na casa da vovó, até vocês todos crescerem. — Beijei-lhe a testa, tentando passar confiança, tentando dar-lhe segurança. — Você teve um pesadelo?
Ele balançou a cabeça, ainda com o olhar distante.
— Tive.
— Quer me contar?
— Não. Posso tomar um copo de leite?
— Claro. Quer uns biscoitos também?
— Quero. — Ele sentou-se e pegou a lata de biscoitos. — Oi, Sr. O'Neil. A mamãe ofereceu biscoitos para você também? Experimente um. Esses não estão queimad