Cyrus
O cheiro da morte ainda impregnava o ar.
Cinzas, sangue e magia se dissipando como fumaça, formavam uma névoa tênue sobre o campo, mas eu estava concentrado nela, em minha companheira ali, entre os lycans. Suja, nua, banhada pela glória da guerra e pelos silêncios que eu não conseguia alcançar.
Ravena, minha Ravena, minha rainha.
Ela caminhava como se carregasse o equilíbrio do mundo nas costas, e ainda assim parecia inquebrantável. Minha companheira, minha luz perpétua. Minha força e dona de todos os meus desejos.
Me aproximar dela foi como tentar atravessar um campo de lâminas invisíveis. Cada passo que dava era barrado não por sua postura, mas pelo que não estava ali fisicamente, era a nossa conexão totalmente bloqueada do lado leda.
O laço que me fazia sentir e até ouvir seus sentimentos e emoções estava totalmente silencioso. O vínculo que deveria vibrar entre nós como um canto de poder em perfeita sincronia estava mudo e estático. Ela não me bloqueava com agressividade