CLARIS:
Estava feliz por termos conseguido comunicar com eles, sobretudo por saber que estavam bem. Isso é o mais importante. Virei-me para Elena e sentei-me novamente ao lado de Clara, que estava deitada e acariciava o ventre. Imitei-a; o meu pobre filhote devia sentir que o tinha esquecido. Foi então que me apercebi de algo: Lúmina, a minha loba, não falava na minha cabeça há algum tempo.
—Lúmina, por que estás tão calma? —chamei-a, mas não obtive resposta—. Lúmina, não me assustes, não podes ter desaparecido outra vez. Não houve resposta. Sentei-me de repente, tentando concentrar-me, procurando a minha loba dentro de mim. Mas nada. Lembrava-me de quando era humana; não a sentia. —O que aconteceu, Claris? —perguntou Elena imediatamente, preocupada ao ver a minha reação. &md