138. O PEDIDO DE PUNIÇÃO
KIERAN:
Eu vi isto a acontecer. Tinha escutado os murmúrios entre a alcateia, as conspirações que cresciam como uma sombra inevitável. Sabia de onde vinham. Sarah. Estava certo de que ela e as Lobas Antigas estavam a trabalhar em cumplicidade com Chandra Selene. Tentavam eliminar a minha Lua, utilizando cada erro para justificar as suas ações. E o seu desejo estúpido de ser apenas humana não ajudava nada.
Ao entrar no salão, encontrei o conselho dos antigos a ocupar a sala, com olhares de reprovação e outros de dúvida. Cumprimentei-os com calma e indiquei-lhes que me seguissem até ao escritório. Fechei a porta atrás de nós. Não queria que Claris, do segundo andar, ouvisse uma palavra desta reunião. Já tinha pedido a Lumina que a mantivesse focada, que protegesse a sua humana tanto quanto fosse possível.
—E então? —perguntei por fim, com voz de alfa—. Qual é o motivo desta reunião?
O lobo mais antigo, de rosto marcado e cheio de cicatrizes que contavam histórias de demasiadas gue