Enrico Narrando
Assim que parei o carro diante da entrada discreta do motel, abaixei o vidro sem precisar sair. O interfone brilhou com uma luz vermelha, indicando que estava pronto para atendimento. Pressionei o botão e aguardei.
— Boa noite, bem-vindo ao Império — a voz feminina soou clara pelo alto-falante.
— Boa noite. Quero a melhor suíte disponível — respondi sem hesitação, mantendo a mão firme no volante.
Do meu lado, Thayla mexia nos próprios dedos, claramente ansiosa. Me lançou um olhar rápido, como se tentasse medir minha expressão. Eu apenas sorri de canto, tranquilizando-a.
— Suíte Luxo — a atendente confirmou. — Entrada liberada. A chave estará na recepção.
— Obrigado.
O portão eletrônico se abriu à nossa frente, e avancei devagar, seguindo as discretas luzes que indicavam o caminho até o estacionamento privativo. O lugar era elegante, reservado, perfeito.
Ao estacionar, desliguei o motor e soltei um suspiro.
— Estamos aqui — murmurei, voltando meu olhar para Thayla.
Ela