Verifico que são quatro horas da tarde, pois a essa hora o departamento de radiologia não está tão ocupado quanto pela manhã. Deixo Federica e Estefania no escritório e desço as escadas, pois ainda há uma hora de trabalho a fazer.
Cumprimento os caixas e vou direto para o consultório dos médicos. Antes de entrar, ouço algumas vozes e me detenho.
-Onde você esteve esses dias? -Reconheço a voz assim que a ouço. Zulianny. Tenho certeza de que você tem passado todo o seu tempo com aquela vadia ruiva. -Ela acrescenta a última parte com todo o seu veneno.
-Zulianny, eles estão sozinhos. Para aquela víbora falar com ela daquele jeito é porque não há ninguém com eles. Meu sangue ferve e, masoquistamente, desvio o olhar.
A transcritora está sentada quase no colo dela, sobre a mesa. Essa imagem me perturba. Juan coloca as mãos nas laterais da perna dela e se levanta.
Zulianny, eu já lhe disse várias vezes", permaneço estático, observando-os. Confio nele, mas ela está me dando nos nervos. D