Enquanto espero a banheira encher, começo a pensar em um milhão de coisas. Sobre Juan, sobre mim, sobre meus amigos, sobre o que aconteceria se tudo viesse à tona. Eu perderia meu emprego e minha reputação na empresa ficaria manchada. Porque no Centro Clínico tudo se sabe.
Eu suspiro.
É melhor evitar esse assunto, embora essa não seja a única coisa que me preocupa, há também a ameaça do louco Zulianny. É melhor não subestimar ninguém e ficar de olho em minhas costas. Agora muito mais.
Verifico se a água está como eu quero e entro na banheira.
Tomamos um bom café da manhã crioulo. Catalana com arroz, arepitas, salada e tajada.
Tudo está delicioso de lamber os dedos.
O vento bagunça meus cabelos, o belo médico sorri para mim e eu me perco no azul de seu olhar.
É hora de contar a ele, mas não sei por onde começar.
-Ei... -Gaguejo para chamar sua atenção. Ele se concentra em mim, o nervosismo faz minhas mãos tremerem. Estou pensando...
Ele balança a cabeça.
Eu sei para onde seus