Começamos a procurar na faculdade pela mulher que seria minha futura esposa. Na minha sala de aula, não vejo ninguém que se encaixe no perfil desejado. Todas parecem ser patricinhas fúteis que provavelmente tentariam me dar um golpe. Fico desmotivado, mas Lucas está animado, como se estivesse se divertindo com a situação. Ele me incentiva a continuar procurando por toda a faculdade, indo de sala em sala e analisando as meninas.
Passamos duas semanas inteiras procurando e analisando as garotas, mas não encontro nenhuma que me interesse. Na verdade, nem eu mesmo sei exatamente o que estou procurando. Pensei que saberia quando encontrasse. Lucas lembra de uma jovem em sua sala de aula que estuda finanças com ele. Ela está prestes a terminar a faculdade, no último período. Ele conta que ela ganhou uma bolsa integral para estudar na nossa faculdade devido ao seu bom desempenho no colégio. Vem de uma família humilde e trabalha duro. Já recebeu várias propostas duvidosas, mas nunca aceitou se envolver em coisas erradas. Ela estuda à noite e trabalha durante o dia em uma cafeteria em Miami Beach.
Estou cansado de procurar e começo a achar que talvez não consiga encontrar a mulher que me agrade. Mas decido conhecer essa garota, que é uma das minhas últimas esperanças. Encontro várias garotas que aceitariam facilmente minha proposta, mas prefiro paz, já que terei que aguentar essa garota por três anos e meio da minha vida. Preciso escolher com cautela.
Lucas me mostra a garota e a observo de longe durante toda a noite na faculdade. Percebo que ela não dá atenção aos outros rapazes. Durante o intervalo, ela se senta em um canto afastado com um livro, lendo enquanto come. É realmente uma garota interessante e bem diferente das patricinhas que estudam aqui.
No dia seguinte, acordo, tomo banho e decido ir à cafeteria onde ela trabalha. Vou com Lucas, já que ele faz parte dessa busca. Chegamos à cafeteria, vejo-a atendendo algumas mesas e me sento em uma delas, esperando ser atendido. Ela se aproxima e fico parado, sem saber o que dizer. Lucas quebra o gelo e faz o pedido para nós dois. Ela nem nos olha direito, anota o pedido e vai embora. Olho para Lucas, pensando em como abordá-la.
— Cara, sinceramente, estou pensando aqui como abordá-la. Não tenho nem ideia por onde começar. Se eu chegar e dizer que quero casar com ela e fazer um contrato, ela vai pensar que estou ficando louco ou vai me dar um tapa na cara e sair correndo assustada.
— Calma, mano, vamos pensar em um jeito. Mas primeiro você precisa ter certeza de que é ela mesmo que você quer. Decidir o alvo tornará mais fácil encontrar a forma de abordagem.
Lucas parece ter tudo resolvido, mas ainda não estou seguro. Ela retorna com nosso pedido, coloca na mesa e pergunta se desejamos algo mais. Decido então falar com ela.
— Oi, tudo bem? Acho que te conheço de algum lugar!
Ela me olha, arqueando uma sobrancelha, como se estivesse tentando lembrar. Lucas interrompe.
— É verdade, James. Ela estuda na nossa faculdade.
A garota olha para mim novamente, pede desculpas e diz que não se lembra de mim. Olha para Lucas e diz que tem uma vaga lembrança dele, já que estudam na mesma sala. Ela sorri timidamente, pede desculpas novamente e explica que não pode ficar conversando, pois tem muito trabalho a fazer. Respondo que está tudo bem e que ela pode ir. Eu e Lucas comemos, pagamos a conta e deixamos uma boa gorjeta para ela. Depois, voltamos para casa.
O Lucas me conhece muito bem e já sabe que fiquei bastante interessado nessa garota. Ele me olha com um sorriso meio cínico.
— E aí, mano! Encontrou a mulher dos seus sonhos?
— Para aí, cara. Você sabe que é apenas uma questão de negócios, nada mais. — respondo com seriedade.
— Não me diga que você não percebeu como ela é uma tremenda gata, mesmo por baixo daqueles trajes.
Lucas é um tanto superficial e aprecia mulheres bem vestidas, "as patricinhas", para ser mais específico. Para ele, qualquer mulher que se vista de forma simples é considerada malvestida.
— Realmente, cara, não vou mentir para você e dizer que ela é feia. Ela tem seu charme. Mas eu só quero alcançar meus objetivos, receber minha herança e voltar à minha vida de sempre. Às vezes, até imagino que quando estiver casado, talvez precise dar umas escapadas de vez em quando. Afinal, nenhum homem aguenta ficar preso a uma só pessoa por três anos e meio, não é?
Lucas concorda plenamente comigo, mas diz que esse esforço é necessário e é pelo bem maior.
Então chegamos em casa e vamos para a sala principal pensar em um modo de abordagem que possa convencer essa garota a concordar com os termos do meu contrato.
Lucas, como sempre, já está à minha frente, elaborando um plano para alcançar meu objetivo. Eu olho para ele, dou um grande abraço e digo:
— Como eu poderia viver sem você, meu amigo?
Ele apenas me abraça e sorri. Ele é realmente um grande irmão.
Lucas aproveita para investigar a vida da pobre garota e descobre que ela mora com o pai, que é alcoólatra e viciado em jogos, acumulando várias dívidas. Seria fácil convencê-la, ou até mesmo o pai dela, a se casar em troca de uma boa quantia mensal. Assim, a segunda parte do plano entra em ação.
James...Lucas já tem o endereço da garota, então decidimos ir até a casa dela para propor um bom acordo a família. Chegamos, batemos na porta e um homem desgrenhado nos olha curiosamente.— Oi! Quem são vocês? — ele pergunta.— Somos da mesma faculdade que sua filha! E temos uma proposta para fazer.Percebo que ele nos olha desconfiado, mas mesmo assim nos convida a entrar. A casa é simples, porém arrumada. Ele nos pede para sentar no sofá da minúscula sala e pergunta se queremos um copo de água. Agradecemos, pois preferimos ir direto ao assunto.— Bom, meu nome é James King, dono do cassino Black Diamond... — sou interrompido pelo senhor, que arregala os olhos e fala.— Vou pagar, eu juro. — ele diz assustado.Olho para Lucas, surpreso. Não sabia que ele também devia ao cassino.— Não! Não é sobre isso que vim falar.Vejo que ele respira aliviado.— Então, sobre o que seria? — ele pergunta curioso.— É sobre sua filha. Preciso de uma esposa e percebi que sua filha é a pessoa certa.
O Lucas me deixa sozinho no bar e segue pelo cassino. Pela primeira vez, fico sem saber o que dizer para aquela linda mulher. Pigarreio e pergunto:— Você é daqui?Ela me olha com aqueles olhos que parecem enxergar minha alma e responde:— Sou natural do México e vim a trabalho para Miami. Me falaram deste lugar e resolvi me hospedar aqui.— E o que achou?— Gostei bastante. O lugar é lindo, tem muito para ver e muitos lugares para se divertir. Gostei do que encontrei.— Fico feliz. Espero que fique conosco por um bom tempo.— Com certeza. Minha empresa está fechando negócios aqui, então vou demorar um pouco. E você, um homem tão jovem e bonito, sozinho em uma noite como essa... — ela pergunta, demonstrando curiosidade.— Vim com um amigo para comemorar meu noivado, mas não estou no clima de festa, pois perdi meu avô há pouco tempo.— Hum! Interessante. Você vem sempre aqui? — ela pergunta, passando o dedo na borda do copo.— Sim, tenho que vir. Agora sou o dono, não posso deixar o lu
Entramos no meu carro e fomos rapidamente para a casa do meu futuro sogro. Chegamos à frente e o Dr. Miller já está me esperando.— Olá, Dr. Desculpe a demora, estava resolvendo algo importante.— Não tem problema! Já está tudo acertado entre ambas as partes?— Sim, como havia dito ao senhor, acertei tudo com o pai dela. Perguntei se teria que falar com ela, ele me disse que não... — Falo, coçando a testa.— Então vamos. Fiz o contrato do jeito que me pediu.Bato na porta, e ela abre quando me vê. Franze o cenho e deixa o caminho livre para eu passar, saindo da frente da porta. Tento perguntar por seu pai, mas ela nem responde. Após alguns minutos, seu Mario vem até a porta.— Podem entrar... — Ele fala, estendendo o braço e mostrando a entrada.— Seu Mario! O senhor já falou com sua filha? — Pergunto, preocupado.— Já sim! Ela está ciente... — Ele me fala sorrindo.— É porque suponho que ela não gostou muito, né?— Não que nada, isso é momentâneo. Não se preocupe. Trouxe o contrato.
Lara Bitencourt...Minha vida sempre foi um inferno. Depois que minha mãe morreu, meu pai afogou as mágoas na bebida e começou a se distrair com jogos. Ele era dono de uma rede de supermercados aqui na cidade, mas devido às dívidas que se acumularam, ele teve que vender tudo, senão morreríamos nas mãos dos credores. Cheguei a ser quase levada duas vezes como pagamento para alguns agiotas. Então, tive que pegar o dinheiro que minha mãe guardou para o meu futuro para salvar minha vida.Meu pai nunca se importou comigo. Para ele, sou apenas uma moeda de troca para alcançar seus objetivos. E agora, ele conseguiu o que queria. Mas não vou baixar minha cabeça. Pelo menos aquele homem não quer nada além de uma fachada. Será que ele não gosta de mulher e só deseja mostrar outra coisa para a sociedade? Não importa, ficarei em uma prisão por três anos e meio, mas ao me libertar, não permitirei que nem meu pai, nem ninguém mais mande em mim. Irei comprar uma casa e morar sozinha.Escuto passos e
Lara Bitencourt.Ainda bem que ele já foi embora. Não sei se aguentaria que ele ficasse por aqui mais tempo. Pelo menos, neste hospital, poderei ficar longe dele. Acho que ele deve ter ido jogar, como sempre. Maldito vício.Tento me levantar, mas meu corpo reclama. Ainda dói tudo. Ainda bem que não vi tudo o que ele fez comigo. Mas quando sair desse casamento, não volto para a casa do meu pai de jeito nenhum. Minha barriga é a parte que mais dói. Então, apoio a mão sobre ela e faço um esforço para me levantar. Consigo colocar os pés no chão.— Aiiiiii! Que dor!Sinto como se algo apertasse minha cintura e furasse ao mesmo tempo. Logo, vejo uma enfermeira entrando, e ao me ver de pé, ela corre em minha direção.— Oi! Mocinha, o que está fazendo de pé? Deite logo, venha, eu vou ajudar você...Ela me coloca na cama e olha para mim com cara de pena.— O que foi? Por que não posso levantar?— Não disseram nada a você? — Ela me pergunta, curiosa.— Não! Eu não estou sabendo de nada.— Minha
Mario Bitencourt...Que garota burra essa minha filha. Não sei como a suportei por todo esse tempo. Já não era hora dela me dar algum lucro? Eu disse à mãe dela que não queria um filho, mas aquela idiota insistiu em tê-lo. Aí morre e deixa a responsabilidade comigo. Essa garota só vive se fazendo de sonsa, boazinha, mas a mim ela não engana. Tenho que lucrar muito ainda às custas dela para me pagar por todos os anos que a suportei.Ela mereceu a surra que levou. Preciso mostrar a ela quem manda, senão vou acabar perdendo o controle dessa garota insolente. A raiva tomou conta de mim. Não vou negar, quase perdi a mercadoria, mas ainda bem que parei a tempo. Agora tenho 500.000 para pagar ao Vitor. Ele é um homem cruel que não aceita desculpas. Tenho que arrumar esse dinheiro de qualquer jeito. Que merda! Eu tinha certeza de que ia ganhar, mas parece que nada está dando certo hoje para mim. Preciso ir ao bar do Del. Acho que ele ainda me vende para pagar depois. Claro, paguei quase 8 mil
Ela vai até o banheiro e, quando volta, estou pronto para ela novamente. Deito na cama e ela senta em cima de mim. Sinto sua intimidade quente apertar meu membro enquanto ela sobe e desce freneticamente. Seu corpo suado em cima do meu e seus gemidos me levam à loucura. Chegamos ao ápice novamente. Duas vezes em uma só noite, que delícia. Foi demais para mim. Ainda completamente nua, ela vai até a champanhe e pega duas taças. Me entrega uma e fica com a outra. Bebemos e, logo depois, me sinto pesado. Uma moleza toma conta do meu corpo. Sua voz vai ficando confusa em minha mente e não escuto mais nada.Acordo com o telefone tocando. Abro os olhos. Onde estou? Que droga é essa? E esse telefone que não para de tocar?— Alô?— Olá, aqui é da recepção do Black Diamond. Sua acompanhante já saiu há algumas horas, e estamos ligando para saber se o senhor está bem.— Ah! A acompanhante. Sim, estou bem, só dei uma descansada, mas já vou fechar a conta.— Obrigado! O Black Diamond Casino agradece
James King...— Lucas, não posso beber tanto assim. Ainda vou para o cassino hoje à noite... falo sorrindo.— É, meu irmão, você tem a vida que pediu a Deus. Seu trabalho é pura diversão, mano. Ah, como eu queria uma vida assim.— Cara, você também não tem do que reclamar. Não precisa trabalhar e ainda tem a mulher que quiser.— Ah, você acha? Meu pai agora veio com uma ideia de que preciso ficar por dentro das coisas da empresa, porque ele pensa em se aposentar, e eu vou ficar é no prejuízo, preso naquele escritório.— Com uma secretária igual aquela! Eu trabalharia feliz... falo batendo em seu ombro.Brincamos e rimos bastante, mas chegou a hora do Lucas ir embora e mais uma vez eu fiquei sozinho aqui. Olho para as paredes e me sinto só, embora tenha vários empregados. Sinto um vazio em meu ser. Subo as escadas e vou até o meu quarto. Me jogo na cama e fico encarando o teto. Minutos depois, recebo uma ligação do meu advogado me avisando que a minha noiva sofreu um assalto e está no