— Entender-me em quê? Poderia ser mais específico?
— Se o que aconteceu na outra noite foi produto da minha imaginação, e você tem certeza disso. Por que está me evitando?
— Não estou evitando o senhor. Por que eu faria isso? Deve ter interpretado mal.
— Não? Você deveria ter me entregue o estudo de mercado da propriedade ontem. Não o fez — ele observa com uma leve censura.
— Eu enviei com minha colega, Maite — corrijo, surpresa.
— Não recebi nada até onde sei — ele afirma.
Um deslize como esse eu não podia me permitir. Procuro no meu notebook e encontro o estudo, amplio na tela e aproximo para Luciano.
— Lamento o inconveniente. Aqui está, para que dê uma olhada... ou prefere impresso? — ofereço suavemente, atenta à sua reação.
Luciano concorda em dar uma olhada no meu computador, mas a quantidade de perguntas que me faz sobre os gráficos me obriga a ficar perto dele, apontando o que ele desejava. Mal conseguia me concentrar com tal proximidade, meu coração bate acelerado e estou perd