Com os ombros eretos e um olhar calculista, Victor enxerga na resposta do rapaz uma oportunidade perfeita para aprofundar o interrogatório.
— Já que mencionou o seu pai e a profissão dele, me diga também o que a sua mãe faz. — Sua voz soa tranquila, mas há um tom de análise subjacente.
Endireitando a postura, Daniel responde prontamente, apesar do nervosismo que ainda sente:
— Minha mãe trabalha como secretária no consultório do meu pai e também administra uma ONG que cuida de pessoas em situação de rua.
Arqueando ligeiramente uma sobrancelha, Victor se mostra surpreso com a resposta. Por um instante, a rigidez em sua postura suaviza, mas a expressão séria em seu rosto permanece intacta, estudando cada detalhe do jovem à sua frente.
— Isso é interessante… — murmura, cruzando os braços. — Talvez devêssemos conhecer os seus pais também.
Daniel assente rapidamente, como se quisesse garantir sua aprovação.
— Claro, senhor. Tenho certeza de que eles ficarão muito felizes em conhecê-los.
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