Ao ouvir as palavras da mãe, Victor sente o sangue ferver. Joana mantém o semblante firme, como se não tivesse acabado de proferir uma ameaça absurda. Ele se afasta para trás, respirando fundo, mas o ar parece não ser suficiente naquele momento. Seu olhar furioso encontra o dela, e, pela primeira vez, ele não vê ali a mulher que o criou, mas alguém disposto a destruir sua felicidade por um capricho idiota.
— Como é? — ele pergunta, tremendo a voz de indignação. — Como a senhora ousa dizer um absurdo desses?
— É o que acabou de ouvir — declara.
Joana cruza os braços, como se tivesse acabado de fazer a afirmação mais razoável do mundo.
— Tem noção do absurdo que diz?
— Sou sua mãe, Victor, e conheço o que é melhor para você. Aquela mulher não é a pessoa certa para você. Ela é interesseira, manipuladora… é por causa dela que nossa família está desse jeito.
Victor solta uma risada sarcástica, sem acreditar no que ouve.
— Interesseira? Manipuladora? É só isso que a senhora consegue inventa