— Bem, eu estou feliz que agora teremos um tempo em seu planeta. Você gostaria de sair hoje e me apresentar algum local especial pra vocês. — eles tinham acabado de voltar daquela cerimônia bizarra.
— Hum… eu acho… eu não sei… — ela parecia confusa. — Marina? É seu preconceito dizendo? Eu realmente gostaria que você pudesse me dar uma chance. — ele murmurou, a calda arrastando mais baixo que ela se lembrava, talvez ela associou aquilo a vergonha. — Uma chance? — questionou. — Bem, sim! Nós somos compatíveis afinal de contas. Gostaria que nossas impressões ou preconceitos não tomasse parte significativa dessa experiência. — ele falava sério. — Como você sabe? Quer dizer você teve tantas outras compatíveis antes… — ela começou. — Bem minha pequena, nunca senti isso. — ele murmurou dando de ombros. — Sentiu o que? — agora ela olhava de olhos arregalados pra ele. — Desejo! Não, de início… quando eu te vi, eu já te queria Marina. No meu planeta isso é mais importante que o amor. — ele murmurou. — Não há nada mais importante que o amor. — ela contra bateu. — O coração nos engana, mas os instintos não! Nos dê uma chance de verdade e poderemos ser tudo o que nascemos para ser… você ainda não se deu conta? Eu nasci pra isso, para essa união e farei você ver que eu posso te oferecer tudo o que você quer — dizendo isso, ele saiu deixando a mulher totalmente chocada e sem entender nada para trás. Voltar para o novo apartamento e passar o mês inteiro na companhia daquele estranho tinha sido um baque para Marina, sua defesa tinha sido fugir. Fugir de qualquer momento sozinha com ele, e se ele percebeu não comentou, mas parecia fazer de tudo para agradá-la. Eles passeavam juntos, é verdade! Marina estava tentando ser amiga dele, mas nunca se mantinham em um lugar fechado sozinhos por muito tempo. Quando o dia da viagem veio, ela estava ansiosa, temendo que em outro planeta ela não poderia fugir como ela vinha fugindo. Dentro da nave ela estava mais ansiosa ainda. Ethan parecia animado ao lado dela. — Mandei reformar o meu quarto com os seus gostos. — ele anunciou de repente. — Você fez o que? — o fio de voz dela deixava claro a surpresa. — Eu só quero que você se sinta em casa. — ele murmurou dando um sorriso calmo. Marina respirou, tentando não olhar para ele novamente, quando seu coração parecia querer saltar para fora e seus olhos encheram de lágrimas ao perceber que ele estava tentando integrar ela a sua vida. — Você está confortável? Se você quiser dormir… eu ficarei ao seu lado e não deixarei ninguém acorda-la. — garantiu. Ela olhava o lado de fora, a vista do espaço era linda, algo que ela nunca pensou vê na vida, um momento único. — Ohhh….— ela murmurou quando uma estrela cadente atravessou do seu lado. — É lindo, né? Cada existir é belo, quantas raças e povos há por aí ainda, eu me pergunto! A Terra foi realmente um achado para nós. — ele murmurou com os olhos presos nela. — Deveríamos fazer um pedido? — ela murmurou. — Um pedido? — ele parecia confuso. — Sim, toda vez que uma estrela cadente aparece devemos fazer um pedido. — ela sorriu pra ele. — Faremos juntos, então? — ele murmurou. — Sim. — ela fechou os olhos com força e falou na sua cabeça: Que eu seja feliz! . . . — Ei Marina… — uma voz suave do seu lado a chamava, ela tinha adormecido durante a viagem e ela reconheceu a voz grave, mas baixa de Ethan. — Ei… — ela murmurou acordando devagar. — Desculpas… nós chegamos. — ele parecia feliz. — Chegamos? — ela murmurou. — Sim! Precisamos ir, temos pouco tempo. Minha família está preparando uma recepção para você. — ele a informou. — Recepção? — questionou assustada. — Sim! Eles estão ansiosos para conhecê-la. — ela estava assustada quando desceu. Era tudo surreal, conhecer a família dele, não estava nos seus planos até que ela terminasse o tempo de contrato e se escolhesse seguir com aquilo. Agora ela estava a ponto de se apresentar ao rei daquele lugar, depois de um mês que ela tinha conhecido seu 'companheiro' de jornada. Parecia que as coisas estavam indo rápido demais, e estavam!!! Todo pensando foi nublado quando ela se deu conta de que estava pisando um planeta diferente, a terra era vermelha do lado de fora (ela perceberá), mas o mar era de uma estranha colocarão roxa. O céu era amarelo e dois sóis tomavam o céu, um maior e azul e o outro menor da cor da terra, ela pode perceber que a lua já estava despontando e ela vinha muito devagar muito mais devagar do que ela achou ser possível, ela pensou que aquele era o fim de tarde, os sóis se pondo e a lua chegando. E estava bem quente. — Hum… um dia nosso tem 72 horas terrestre e nosso mês tem 110 dias. — Ethan falou de repente. — O que? — ela exclamou surpresa. — Tenho muito o que te contar sobre… vejamos: nosso dia tem 72 horas terrestre, aqui no nosso planeta as primeiras 24 horas do dia os dois sóis estão a pino, então faz muito calor, por isso eu construí minha casa no subterrâneo, as camadas de rochas manterá uma temperatura para que você fique confortável. Depois as próximas 18 horas os sóis se encontram assim, não está tão calor… — ele olhou para ela, que suava bastante. — Talvez pra você ainda esteja, mas nesse horário você não deve encontrar tanta dificuldades para andar por aí e por último nas últimas 36 horas a lua chega. — ele explicou. — Quando vocês trabalham? Que horas vocês dormem? — ela estava começando a ficar nervosa, era óbvio que as diferenças eram mais gritantes do que ela poderia prever. — Olha, nós estamos atrasados, mas assim que a recepção acabar te explicarei sobre nossos horários e também sobre as estações do ano. Você verá que não é tão diferente assim. — ele murmurou, parecendo ansioso que ela não o achasse tão diferente assim. Já dentro do quarto que fora disponibilizado para ela, já havia uma mulher a esperando, ela parecia de uma outra raça humanóide e fora gentil com ela, a auxiliando para se arrumar para aquela noite. Quando ela terminou, ela estava linda, não podia negar, se sentia igual uma princesa, vestida do mais puro ouro, mas ainda assim parecia que não era ela de verdade. Ao sair do quarto, uma outra mulher lhe esperava. A mulher era alta, muito mais alta que Ethan e parecia entalhada de pedra, com quatro mãos e três olhos, humanóide com certeza, mas parecia muito mais musculosa do que qualquer outra mulher que ela conhecerá, mas essa ela não tinha sido apresentada e tomou um susto tão grande que gritou em plenos pulmões. A mulher se assustou e se colocou em posição de ataque na frente dela, a protegendo. Ethan saiu assustado do quarto, tentando entender o que havia assustado tanto sua companheira. — Ahhh vejo que conheceu a Mei, sua nova guarda costa. — ele sorriu, como se a ideia fosse maravilhosa. — Muito prazer senhora, será uma honra servi-la, minha vida agora pertence a você e meu sangue…. — se a mulher falou mais alguma coisa, Marina não ouviu, tendo estourando o limite de novas informações, ela tinha desmaiado. E dessa vez a culpa não era sua.O grande homem sabia que as coisas não podiam ficar mais erradas do que já estavam. Seu pai, já velho, agora dormia como se a crise de a poucos instantes não tivesse ocorrido.A foto da família na cabeceira pesava o ambiente, o lembrando de tudo o que havia se passado. — Ele está mais calmo? — ouviu a voz sussurrar ao seu lado. Não se virou, sentia que esganaria a mulher se o fizesse. Ela tinha causado aquilo! Privada da atenção que ele não podia dar naquele dia, tinha perturbado seu pobre pai até que ele estivesse doente, apenas para controlá-lo. Não sabia mais o que fazer, já tinha passado pela seleção antes e todas as vezes que dava errado, ele voltava a se relacionar com a Miwa. Sabia que a pressão que ela e o planeta dela faziam por aquela união era quase indigesta, mas não tinha escolha quando nenhuma outra parceira lhe era apresentada.Mas daquela vez era diferente, ele não tinha aceitado a chantagem e ela estava chegando a patamares perigosos A mulher era mesquinha, queria
Marina estava irritada, sua mãe era, pra dizer o mínimo, controladora demais. Fazer a filha sair da sua rotina para acompanhá-la em uma festa apenas para mostrar a família perfeita que tinha era no mínimo intragável. A verdade é que não existia a família perfeita! Ela nem ao menos sabia que elas poderiam ser chamadas de família. Em seu sonho, a família era aqueles que se apoiavam e se amavam acima de tudo e sua mãe estava longe disso. Mas nada abalava Mary Carter.Aparência, era tudo o que importava. Revirou os olhos quando o marido perfeito da sua mãe, o doutor Harold Carter, riu de forma exagerada. O advogado estava agora concorrendo a um novo cargo político e sua mãe era a esposa troféu que poderia lhe dar a vitória.— Ahhh, aí está ela. Nossa menina — revirou os olhos quando a voz jocosa do homem se fez ser ouvida, recebendo um olhar firme da mãe. Era óbvio o que significava, ela tinha que obedecer e fazer o papel dela. Ela e o padrasto nunca se deram bem, ela culpava ele pelo fim
As coisas se tornaram confusas naquele momento. Era de fato estranho saber que elas estavam totalmente bêbadas, tinham cometido um ato tão sério quanto aquele. — Você pode nos explicar o que aconteceu, Jully? — Lais perguntou parecendo bem brava. Depois do desmaio de Marina, as coisas tinham se tornado confusas, uma aglomeração se formou, e por fim o diretor da faculdade veio intervir, levando todos eles para a secretaria. O homem alienígena tinha se mantido colado em Marina, rosnando para qualquer um que sugerisse que ele se afastasse da mulher. As amigas estavam em volta, mas ninguém tinha se atrevido a falar nada até aquele momento, quando o choque tinha sido substituído pela raiva. Ela sabia o que aquilo significava, suas vidas já não mais lhes pertenciam. A qualquer momento um alienígena, como aquele que agora orbitava dia amiga desmaiada. — E por que diabos você não nos contou antes?! — a mulher completou extremamente chateada. — Espera! Você está com raiva de mim? Ohh
— Mãe? — Marina se assustou, sua mãe controladora tinha vindo na velocidade da luz até seu alojamento do nada?— Eu estava a dois quarteirões daqui, com um cliente, quando recebi uma ligação interessante do diretor da faculdade onde você frequenta e eu pago. — ela cruzou os braços. — Você malditamente não se inscreveu no fudido projeto Skyfall — ela gritou totalmente irritada.— Eu… — Marina não sabia o que dizer. Os outros ocupantes da sala estavam mudos observando a cena.— Eu… eu… — debochou — Você por acaso é burra? Sabe o que você fez com um ano da sua vida? Com um ano do meu dinheiro? Com a candidatura do seu padrasto? — agora a mulher tinha chegado a um novo nível de irritação. Ethan sentindo que sua companheira estava cada vez mais triste resolveu se apresentar.— Eu sou Ethan das casa dos Furg’s, próximo na linha de sucessão ao trono do meu planeta. Estou muito feliz com a iminente junção de nossas famílias. — ele foi firme. Sua feição séria, como se aquela mulher tiv