O coração de Simão apertou por um instante ao encarar os olhos marejados de Jaqueline. Ele sentiu um incômodo estranho no peito, mas não conseguia entender exatamente o porquê.
— Se eu preciso me curvar ao seu controle para não sofrer essas punições, então vá em frente, faça o que quiser! Só que, depois disso, eu vou embora de Londa e nunca mais volto. — A voz dela era firme, mas carregada de dor. Essa cidade que a feriu tão profundamente só traria mais tristeza se ela permanecesse. Melhor partir e esquecer o que os olhos não precisariam mais ver.
Simão imediatamente soltou o pulso dela, como se o peso das palavras tivesse tirado sua força. Jaqueline massageou o próprio pulso e, com um sorriso leve, disse calmamente:
— Mas, antes de você agir, lembre-se de me avisar. Assim, posso me preparar com antecedência.
Com isso, ela abriu a porta do carro e saiu.
O barulho seco da porta sendo fechada ecoou no silêncio, e Simão sentiu como se o ar tivesse ficado rarefeito. Ele abaixou o