— Meu Deus, o que eu fiz? — ela repetia sem parar, como se estivesse em transe.
— Celina… eu..
Eu a chamei em um sussurro, tentando acalmá-la, mas a verdade é que eu também não estava preparado para o que acabara de acontecer. Estava tão confuso quanto ela parecia.
— Meu Deus, o que eu fiz? O que eu fiz? — Celina repetia sem parar, puxando o lençol para se cobrir, seu olhar vagava pelo quarto evitando encontrar o meu. Ela se afastou de mim tão rápido e se sentou no chão da cama.
— Isso não podia ter acontecido. — A voz dela saiu quase inaudível, como se tivesse medo de dar forma ao que estava sentindo. — Eu não estou aqui para isso.
A última frase dela me faz refletir. Celina não estava errada. Ela era a babá da Sofia, a babá da minha filha. Já era muito errado eu ficar com qualquer pessoa que trabalhasse para mim, mas ficar com Celina era a coisa mais estúpida que eu poderia fazer.
Meu corpo ainda carregava a lembrança do toque dela, o