Sofia
Após me despedir do Brian e Petrus do seu mais novo amigo, entramos e meu menino corre para o banheiro, já que o mesmo disse que vai começar o filme preferido e não quer perder.
— Mamãe podemos ter um cachorro? — escuto a pergunta de Petrus enquanto estou preparando o jantar.
— Não. — digo cortando um tomate.
— Coelho? — sua voz tem um toque de esperança.
— Quando você for mais velho, vai poder ter um animal. — olho para ele.
— Já sou mamãe. — paro de cortar o tomate e olho para ele. — Hoje sou mais velho que ontem.
Não aguento e riu alto.
— Onde você aprende isso ? — pergunto.
— Na vida, mamãe. — dá de ombro. — Sou um lindão bem vivido. — não tem como não rir com o que fala.
— Então lindão vivido, vá assistir televisão, enquanto termino o jantar. — falo e ele concorda e corre para a sala.
Quanto estou terminando de colocar a travessa de salada na mesa alguém b**e na porta, olho para o relógio e vejo que já se passa das oito da noite, limpo minhas mãos no meu vestido e sigo para a porta. Quando abro vejo um Brian segurando um embrulho e ao seu lado o Dark sentado e com a língua para fora.
— Atrapalho? — pergunta sem jeito.
— Não. — digo e dou passagem para os dois entrarem.
— Dark. — Petrus grita no meio da sala e o cachorro corre até ele.
— Trouxe Baklava. — fala erguendo o pote em sua mão.
— Não precisava. — digo.
— Gosto dessa sobremesa. — diz dando de ombro e me entrega.
— Vou colocar na mesa. — digo e ele concorda. — Fique a vontade. — caminho para a cozinha e sinto ele andando atrás de mim.
— Me desculpe por parecer intrometido. — seus rosto tem um leve vermelhidão, e acho isso fofo.
— Que isso. — lhe dou um sorriso. — É bom ter mais uma pessoa para conversar.
Ele relaxa seus ombros e me lança um sorriso lindo que faz meu coração dar um solavanco.
Foco Sofia, ele é só um cara legal.
— Petrus, venha comer. — o chamo quando termino de por a mesa.
Meu menino aparece todo vermelho e ofegante.
— Estava correndo dentro de casa? — pergunto colocando a mão na cintura.
— Não mãe. — diz se sentando. — Era o Dark. — e com isso o cachorro aparece e solta um latido.
— Acho que ele concorda. — Brian diz rindo.
— Tenho certeza. — começo a servir Petrus. — Pode se servir Brian.
— Espero você colocar para ele primeiro. — aceno concordando.
Depois de servir Petrus começo a me servir e Brian faz o mesmo, Dark se deita ao lado da mesa. Nosso jantar foi divertido, Brian contou um pouco sobre ele e contei sobre mim e claro Petrus dizendo que ele era um homem. Comemos a sobremesa com Petrus quase caindo com a cara no seu prato.
— Vou colocar ele na cama e já volto. — digo para Brian que concorda.
Pego meu menino no colo e levo para o meu quarto, o deito na cama e com isso Dark pula na cama e deita ao seu lado, sorrio com aquela cena. Volto para a cozinha e vejo Brian lavando a louça.
— Não precisava. — digo ao seu lado.
— Foi nada, já que me auto convidei para o jantar, não custa nada. — a pele do seu pescoço está vermelha.
— Mas.
— Mas nada. — fala. — Desculpe perguntar mais onde está o pai de Petrus?
Respiro fundo e olho para ele que me olha atentamente.
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— Éramos namorados e descobri estar grávida com 17 anos e quando fui contar para ele, ele simplesmente disse que não iria assumir e que era para mim nunca dizer que o bebê era dele, não queria ter seu nome atrelado ao do bebê. — Brain me olha sério. — Então a partir daquele dia cuidei de tudo sozinha, meu pai me ajudou em tudo que precisei. — sinto um nó na minha garganta. — Ele viu Petrus nascer e uma semana depois teve um ataque do coração. — Brian pega na minha mão e dá um aperto. — Então agora somos eu e meu menino contra o mundo.
— Não sei o que dizer.
— Não precisa. — dou de ombro.— É algo que não me machuca.
— Você nunca mais viu ele? — pergunta voltando a lavar a louça.
— Faz uns dois meses que vi ele num bar perto da praia, ele não me viu ou se viu fingiu muito bem.
— E o que sentiu?
— Nada, ele para mim, é só mais um cara idiota que existe.
— Um inseto isso sim.
— Coitado dos bichinhos, eles não merecem ser comparados ao imbecil. — digo rindo e ele me acompanha. — Você já pensou sobre o que me disse mais cedo? — pergunto.
— Sim.
— Qual? — pergunto interessada.
— Uma campanha sobre o bullying e também uma palestra informativa sobre síndrome Down. — fala todo empolgado, é engraçado em ver.
— Me conte mais. — falo empolgada também, quero que mais pessoas possam saber mais sobre esses dois assuntos. .
Ele começa a me contar, e vou ajudando em algumas partes, quando vimos estávamos com caderno com várias anotações.
— Nossa já está tarde. — ele diz olhando a hora no relógio.
— Nem notei. — falo e vendo que já passava da meia-noite.
— Sim. — diz se levantando. — Bom vou indo, cadê Dark?
— Deitado ao lado de Petrus. — respondo.
Seguimos para o quarto e vimos os dois dormindo, Petrus abraçado com Dark.
— Como tirar ele dali? — Brian pergunta baixinho.
— Não sei. — solto um suspiro. — Acho que essa noite durmo no quarto ao lado. — olho para os dois esparramados na minha cama.
— Dark não vai atrapalhar?
— Não, Petrus e ele são bons amigos.
— Uma amizade que começou só olhando pela janela.
— Que é verdadeira e pura. — completo.
— Sim. — me olha. — Bom então vou indo. — caminha para fora do quarto.
Paramos de frente a porta e ficamos nos olhando.
— Boa noite. — diz e me dá um beijo na bochecha e abre a porta.
— Boa noite. — e com isso ele vai embora e deixa seu perfume. — Brian Adamz. — digo seu nome baixinho.